Mostrando postagens com marcador DENGUE. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DENGUE. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Rio usa peixe barrigudinho no combate aos criadouros do Aedes aegypti


Pequenino e faminto, o peixe Poecilia Reticulada é mais que um peixinho bonito para aquários. Também conhecido como lebiste ou barrigudinho, ele vem sendo usado há três anos pela Secretaria de Saúde do município do Rio de Janeiro na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. 

De rápida reprodução, os barrigudinhos sobrevivem em locais com pouca oxigenação e se alimentam de matéria orgânica, evitando o desenvolvimento das larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

O coordenador de Vigilância Ambiental em Saúde, Marcus Vinícius Ferreira, informou que, juntamente com uma série de ações e a ajuda da população, o peixinho contribuiu para a importante queda do índice de infestação e casos de dengue na capital fluminense.

“Em qualquer epidemia no passado, o Rio de Janeiro contribuía com cerca de 55% dos casos do estado. Atualmente, somente os casos da capital contribuem em cerca de 25%. Proporcionalmente, a participação do Rio é cada vez menor e a população continua crescendo,” afirmou Ferreira.

“O peixinho ajuda na eliminação da proliferação do mosquito. Como ele elimina muitas larvas, acaba com uma geração de mosquitos. O agente tem certeza do controle nos locais onde estão os peixes e podem fazer vistorias com maior qualidade e quantitativo em outros pontos.” Segundo o coordenador, em 2015 foram registrados cerca de 17,7 mil casos de dengue no município. Em 2012 foram 130 mil.

De acordo com Marcus Vinícius, alguns desses peixes têm menos de um centímetro e normalmente são confundidos com larvas. Eles são usados principalmente em depósitos, piscinas abandonadas, fontes, charcos e lagos. As inspeções nesses locais são feitas quinzenalmente. Caso haja necessidade dos peixinhos, a própria população pode procurar a prefeitura.

Ferreira informou que o peixinho não basta no combate à dengue. Acrescentou que a participação da população na eliminação do criadouro é fundamental. “É importante manter a caixa d'água fechada adequadamente, fazer a limpeza do ralo uma vez por semana."
Segundo ele, o percentual de imóveis pendentes (fechados ou com moradores que não permitem entrada de agentes de saúde) reduziu nos últimos anos graças à conscientização da população.

“O percentual era de cerca de 40% e atualmente está abaixo de 20%.” Pedidos de vistoria ou denúncia de focos do Aedes aegypti podem ser feitos à Central de Atendimento da Prefeitura (1746). A estimativa é que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas.

Em 2015, foram feitas cerca de 9,6 milhões de visitas de inspeção a imóveis em toda a cidade, eliminando mais de um milhão de depósitos e tratando outros 3,15 milhões. Também no ano passado, foram feitas mais de 1,1 notificações em imóveis fechados, com 87 publicações em Diário Oficial do Município para entrada compulsória.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Número de casos de microcefalia no estado do Rio é alarmante, diz secretário


O novo secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, considerou muito grave e alarmante o número de casos de microcefalia no estado. Para ele, é preciso prestar mais esclarecimentos às grávidas sobre os riscos que elas correm com a exposição ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e do vírus Zika, esse último associado à microcefalia.

“A gente precisa mudar o nosso foco, para que a gestante tome as medidas e para que não venha a contrair o vírus Zica”, disse.

Teixeira pediu que a população faça a sua parte no combate ao mosquito evitando deixar água em locais onde o inseto possa se reproduzir. “Que ajude dentro da sua casa, da casa do seu vizinho e no seu deslocamento. Esse trabalho com o mosquito é um trabalho comunitário”.

Na avaliação do novo secretário, os casos já registrados de microcefalia vão provocar reflexos futuros. “Eu vou brigar todos os dias para que o Rio de Janeiro tenha um menor número de casos de gestantes com Zika, porque isso vai gerar uma sequela de muitos anos para o nosso estado”, disse.

Balanço
De 1º de janeiro a 29 de dezembro de 2015, houve 115 casos de microcefalia no estado do Rio de Janeiro, ante dez registros em 2014, segundo dados da Superintendência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde, divulgados no último dia 30.

Quanto à dengue, Teixeira espera que o estado não enfrente uma epidemia da doença, mas acrescentou que, se isso ocorrer, o governo fluminense tem um plano de contingência. “Se a gente enfrentar uma epidemia, estamos com hospital de campanha, com as nossas estruturas, contamos com cada prefeitura. O governo do estado vai usar toda a sua força para não deixar isso levar ao aumento no número de mortes por dengue”, acrescentou.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Microcefalia associada ao vírus Zika assusta gestantes em todo país

Em 2015 uma doença que parecia quase inofensiva passou a ser vista com grande medo pela população brasileira, principalmente pelas grávidas. A infecção causada pelo vírus Zika durante a gravidez, pela primeira vez na história da medicina, foi relacionada com o nascimento de crianças com microcefalia, uma malformação cerebral irreversível.

Quando a relação entre o vírus Zika e a microcefalia ainda estava em investigação, o Ministério da Saúde chegou a alertar as mulheres sobre os riscos da doença para gestantes, por causa do aumento inesperado do nascimento de crianças microcéfalas. Até então, o Zika só tinha sido registrada em aldeias africanas ou em pequenos grupos fora do continente e pouco se sabia sobre a doença.

No começo de novembro, o Ministério da Saúde decretou emergência em saúde pública por causa da gravidade da situação. As suspeitas de que o vírus, que começou a circular no país ano passado, era o causador do grande númer de crianças com microcefalia eram fortes. No dia 28 de novembro veio a confirmação. A situação foi classificada pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, como "a maior calamidade que o país viveu nos últimos tempos”. 

No dia cinco de dezembro, o governo federal lançou um plano nacional de combate ao mosquito transmissor do Zika, o Aedes aegypti, que também causa a dengue e a febre chikungunya, e de atenção aos bebês com microcefalia.

Tudo relacionado à doença está em investigação: formas de transmissão, sequelas e complicações. Enquanto investe em pesquisa e tem notícias da presença do vírus em sêmen e em leite materno,  a única convicção do Ministério da Saúde é que o Zika é transmitido pelo Aedes aegypti, assim como a dengue e a febre chikungunya. O ministério também tranquiliza as lactantes e diz que podem continuar amamentando normalmente, mesmo as que tiveram a doença.

Gestantes de vários estados do país ficaram preocupadas com a relação entre o Zika e a microcefalia. Muitas deixaram de viajar para o Nordeste, região que concentrou o maior número de casos de microcefalia e de Zika, e muitas mulheres adiaram planos de engravidar, com receio de que seus filhos pudessem nascer com a saúde comprometida.

Ao mesmo tempo, surgem nas redes sociais vários boatos sobre a transmissão do vírus Zika e o aumento de crianças nascidas microcéfalas. Um deles, desmentido pelo Ministério da Saúde, dizia que um lote vencido de vacinas na Região Nordeste provocou a malformação das crianças. O fato é que muito pouco se sabe sobre a doença e tudo está em investigação por cientistas.

boletim mais recente do Ministério da Saúde indica que, até o dia 26 de dezembro, foram notificados 2.975 casos de recém nascidos com suspeita de terem microcefalia relacionada ao Zika, distribuídos por 656 municípios de 20 unidades da Federação.

Microcefalia
A microcefalia não é uma malformação nova, ela é sintoma de algum problema no organismo da gestante ou do bebê e pode ter diversas origens como, por exemplo, infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e, como recentemente confirmado, também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode causar esta condição.

Há também crianças que, durante a formação no ventre da mãe, já tem predisposição genética para nascerem microcéfalas. Estas são as que têm menos comprometimentos associados à malformação. Nos outros casos podem ocorrer danos mentais, na visão, na audição e em outros órgãos.

A característica central da microcefalia, como o próprio nome sugere, é a cabeça pequena, ou seja, o bebê nasce com o perímetro cefálico menor que o da maioria. O diagnóstico inicial é feito com uma trena, com a qual se faz a medida do contorno da região logo acima dos olhinhos.

Um novo protocolo do Ministério da Saúde, lançado no dia 14 de dezembro, recomenda que se o perímetro for igual a 33 centímetros ou menor a criança deve fazer uma ultrassonografia no local da cabecinha conhecido como moleira. Se o resultado deste exame der indícios de que o crânio está selado, a criança deve passar por uma tomografia.

O documento também preconiza exames que detectem comprometimento auditivo e visual, que também podem estar associados à microcefalia. O acompanhamento de crianças com a malformação do nascimento até os três anos de idade também é determinado pelo protocolo. Quanto mais cedo as crianças começarem o tratamento, melhor o desenvolvimento.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Casos suspeitos de microcefalia causados pelo vírus Zika somam 2.975

O número de crianças com suspeita de microcefalia no país aumentou para 2.975, segundo boletim divulgado hoje (29) pelo Ministério da Saúde. A pasta também investiga a morte de 40 bebês com suspeita de terem a malformação devido ao vírus Zika.

Os dados são de registros feitos até o dia 26 de dezembro. Ao todo, 656 municípios de 19 estados e do Distrito Federal têm casos sob investigação. Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso apresentaram diminuição de casos. No balanço anterior, divulgado na última terça-feira (22), eram 2.782 os recém-nascidos com suspeita de microcefalia relacionada ao Zika, em 618 cidades de 20 unidades da Federação.
De acordo com o boletim divulgado hoje, Pernambuco, primeiro estado a identificar o aumento de casos de microcefalia no país, continua no topo da lista, com 1.153 casos em investigação, o que representa 38,76% das suspeitas em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (476), Bahia (271), do Rio Grande do Norte (154), de Sergipe (146), do Ceará (134), de Alagoas (129), do Maranhão (94) e Piauí (51).

Transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre deste ano, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, no dia 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.

A microcefalia não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Vírus Zika e microcefalia: tire suas dúvidas


Transmitido por um mosquito já bem conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre deste ano, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, no dia 28 de novembro o Ministério da Saúde confirmou que quando gestantes são infectadas por este vírus podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos.

A chegada do vírus ao Brasil elevou o número de nascimentos de crianças com microcefalia de 147, no ano passado, para mais de duas mil crianças este ano. Por enquanto, na maioria destes casos, a relação com o Zika ainda está sendo investigada. Os casos de microcefalia relacionados a gestantes infectadas pelo vírus foram confirmados em 134 crianças que nasceram com a malformação. O Nordeste do país concentra o maior número de registros.

Com informações de especialistas e do Ministério da Saúde, a Agência Brasil tira as principais dúvidas sobre o vírus Zika e sobre microcefalia.

Vírus Zika
Foi identificado pela primeira vez na África, na década de 1940 e, desde então, ficou restrito a pequenas aldeias. Chegou a circular fora do continente africano, porém, nunca de forma intensa. A partir do ano passado, depois da Copa do Mundo, começaram a surgir relatos de que o vírus teria chegado ao Brasil. Em maio de 2015 o Ministério da Saúde registrou os primeiros casos, porém como a doença não tem notificação obrigatória e os laboratórios não têm estrutura para fazer testes em todos, os registros são menores do que o número real de infectados.

Prevenção
Não existe vacina contra o Zika e o desenvolvimento deste produto pode levar mais de dez anos. Até lá, a única forma de prevenir é evitando o mosquito, destruindo os criadouros, as larvas e usando repelentes.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu no começo do mês que não há impedimento para que grávidas usem repelentes, desde que estejam registrados na própria agência reguladora e que sejam seguidas as instruções do rótulo.

Estudos indicam que o uso tópico desse produto, ou seja, direto na pele, à base de DEET (o n,n-Dietil-meta-toluamida) por gestantes é seguro. A Anvisa alerta, no entanto, que tais produtos não devem ser usados em crianças menores de 2 anos. Em crianças entre 2 e 12 anos, a concentração dever ser no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia. Concentrações superiores a 10% são permitidas para maiores de 12 anos.
Transmissão

Assim com o vírus chikungunya e o da dengue, o Zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Cientistas já relataram um caso de transmissão da doença pelo sêmen e também registraram a presença do vírus no leite materno, porém, no momento, o Ministério da Saúde só reconhece a transmissão via mosquito. Esta semana o secretário de Atenção à Saúde do Ministério a Saúde, Alberto Beltrame, disse que as mães que tiveram Zika podem amamentar seus filhos normalmente.

Foi registrada ainda uma transmissão do vírus por transfusão de sangue, de doador para receptor. O Ministério da Saúde diz que todas as formas de transmissão são alvo de pesquisa e que tudo ainda é muito recente e inédito, o que demanda estudos amplos.

Diagnóstico
O vírus pode ser detectado pelo exame PCR, que deve ser feito entre o quarto e o sétimo dia, depois do início dos sintomas, sendo, entretanto, ideal que o material seja examinado até o quarto dia.

Atualmente, estão capacitados para realizar os exames os Laboratórios Centrais dos seguintes estados: Bahia, Amazonas, Alagoas, Goiás, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

As gestantes e recém-nascidos com suspeita da doença são prioridades na testagem. O Mistério da Saúde esclarece que ainda não há condições de fazer a testagem universal para o vírus Zika. Essa limitação não é apenas brasileira, mas de todos os países, já que não existe um teste em larga escala para a doença.

Não existe ainda teste de sorologia para o Zika, que é o exame que permite saber se a pessoa já esteve infectada pelo vírus. Os laboratórios, no entanto, dizem que o exame já está sendo desenvolvido. A sorologia é uma ferramenta importante para detectar se as mães de crianças com microcefalia já tiveram a doença.

Sintomas
Segundo o Ministério da Saúde, 80% dos infectados pelo Zika não apresentam sinais da doença. Enquanto isso, os outros 20% podem ter febre baixa, dores leves nas articulações, coceira no corpo, olhos vermelhos e quase sempre têm manchas vermelhas na pele. Os sintomas costumam durar de três a sete dias.

Segundo o Instituto Oswaldo Cruz, a infecção pelo Zika pode ocasionar ainda complicações neurológicas que debilitam músculos, porém, são raros os casos. Surgiram boatos nas redes sociais de que crianças com menos de sete anos teriam mais chances de desenvolver estas complicações, porém, o Ministério da Saúde não diferencia as possibilidades por faixa etária, ou seja, pessoas de todas as idades têm as mesmas chances de apresentar sintomas mais graves, porém, são casos raros.

Tratamento
Não existe tratamento específico para a infecção por Zika, assim como para dengue e chikungunya, segundo o Ministério da Saúde. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos de Zika é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona, para o controle da febre e manejo da dor. No caso de manchas vermelhas com coceira, os anti-histamínicos podem ser indicados. No entanto, é desaconselhável o uso de ácido acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas em infecções semelhantes.

Microcefalia
A microcefalia é uma mal formação do cérebro que pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e, mais recentemente, como foi confirmado, também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode causar a malformação. 

Há também casos em que há predisposição genética para a microcefalia, durante a formação da criança no ventre da mãe. Estas são as que têm menos compromentimentos associados à malformação.

A característica central da microcefalia, como o próprio nome sugere, é a cabeça pequena, ou seja, o bebê nasce com o perímetro cefálico menor do que o da maioria. O diagnóstico inicial é feito com uma trena, com a qual se faz a medida do contorno da região logo acima dos olhos.

O novo protocolo do Ministério da Saúde, lançado esta semana, preconiza que se o perímetro for igual a 33 centímetros ou menor, é recomendado fazer uma Ultrassonografia Transfontanela e, se este exame der indícios de que o crânio está selado, a criança passará por uma tomografia.

O novo protocolo também preconiza exames que detectem comprometimento auditivo e visual, que também podem estar associados à microcefalia. O documento determina ainda o acompanhamento de crianças com a malformação do nascimento até os três anos. Quanto mais cedo as crianças começarem o tratamento, melhor o desenvolvimento.

Outros boatos em redes sociais e em aplicativos de mensagens diziam que o aumento de casos de microcefalia no Nordeste foi causado pelo uso de um lote de vacinas contra rubéola que estava vencido. Esta semana, no entanto, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, desmentiu a afirmação.

Síndrome de Guillain-Barré
O vírus Zika, assim como outros agentes infecciosos, pode desencadear a Síndrome de Guillain-Barré. Trata-se de uma reação muito rara a agentes infecciosos, como vírus e bactérias, e tem como sintomas a fraqueza muscular e a paralisia dos músculos.

Assim como todas as possíveis consequências do Zika, a ocorrência da Guillain-Barré relacionada ao vírus continua sendo investigada.

Os sintomas começam pelas pernas, podendo, em seguida, irradiar para o tronco, braços e face. A síndrome pode apresentar diferentes graus de agressividade, provocando leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou casos de paralisia dos membros.

O principal risco provocado por esta síndrome é quando afeta músculos respiratórios. Nesse caso, a síndrome pode levar à morte, se não forem adotadas medidas de suporte respiratório.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Vacinas contra rubéola não foram responsáveis por microcefalia, afirma ministro

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, reforçou hoje (16) que o aumento de casos de microcefalia no Brasil não foi provocado pela vacinas contra rubéola. “Isso é um quadro que criaram nas redes sociais e tem muita gente acreditando nisso. O pior é que isso pode levar as pessoas a não se vacinarem, algo completamente contrário ao que se tem que fazer”, disse o ministro em debate no Plenário da Câmara dos Deputados sobre o aumento da incidência de microcefalia no país.

A declaração foi uma resposta aos boatos que surgiram nas redes sociais e aplicativos de mensagens, dizendo que um lote vencido de vacina usado apenas no Nordeste foi a origem da malformação em um maior número de crianças.

Em agosto, o Ministério da Saúde começou a registrar o aumento inesperado de casos de microcefalia no Nordeste. No final de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que os casos tinham origem na infecção de gestantes pelo vírus Zika, que começou a ter circulação registrada no Brasil este ano.

Durante o debate, Castro disse que é momento de destruir as larvas e os criadouros do Aedes aegypti, para “evitar que o mosquito nasça”. “Em fevereiro, aumenta a proliferação do mosquito, Aí, vai entrar o fumacê. Agora, nosso grande trabalho é combater as larvas para não haver mosquito em fevereiro, como ocorre todos os anos”.

Mais cedo, o ministro participou de auduência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, também sobre o vírus Zika e microcefalia.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Ministério amplia exames para bebês com suspeita de microcefalia


O Ministério da Saúde divulgou hoje (14) o Protocolo de Atenção à Saúde e Respostas à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo vírus Zika, que será usado por profissionais de saúde dos sistemas público e privado do país no cuidado de mulheres em idade fértil, gestantes e de bebês com suspeita de microcefalia. Uma das principais mudanças é a indicação da ecografia transfontanelar e da tomografia para os recém-nascidos com menos de 32 centímetros de perímetro cefálico.

Em entrevista na tarde de hoje, o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, informou que essas são as principais mudanças no atendimento das crianças, considerando que os demais, como teste da orelhinha e do pezinho, já são preconizados pela pasta. Primeiro será feita a ecografia, caso ela mostre que os ossos do crânio estão selados será feita a tomografia.

O documento prevê ainda uma maior distribuição de testes rápidos de gravidez, a busca ativa de gestantes para o pré-natal e o registro dos sintomas do Zika na caderneta da gestante, no caso deles serem relatados durante a gravidez.

Estimulação precoce
A estimulação precoce dos recém-nascidos com microcefalia e outras malformações também está prevista no protocolo. De acordo com Beltrame, a estimulação deverá ser feita até os três anos de idade, quando se completa o ciclo de desenvolvimento neurológico e cerebral da criança. “O objetivo é reduzir os danos das malformações”, acrescentou o secretário.

Beltrame confirmou que já há registros de cegueira congênita, de malformação do globo ocular e de surdez congênita nos bebês que nasceram com microcefalia em decorrência do vírus Zika. Segundo o secretário, esses casos são ainda mais delicados, já que o desenvolvimento de crianças com essas limitações precisa de mais atenção.

A microcefalia é uma malformação do crânio e está relacionada a diversos fatores, como alterações genéticas, infecções e uso de álcool e drogas. No mês passado, o Ministério da Saúde confirmou que o vírus Zika é um dos causadores dessa condição. O vírus começou a circular no país este ano, principalmente na região Nordeste.

Dados do Ministério da Saúde divulgados na semana passada mostram que o Brasil ja tem 1.248 casos suspeitos de microcefalia relacionada com o vírus Zika.

Transmissão
Durante a entrevista, Beltrame esclareceu que não há comprovação de que o vírus Zika seja transmitido pelo leite materno. “Embora tenham circulado boatos na internet, não há contraindicações de aleitamento materno para crianças filhas de mães que tiveram Zika.”

Segundo especialistas, há um registro de transmissão sexual da doença. Conforme Beltrame, ainda são necessárias pesquisas para confirmação dessas possibilidades.

Assim como o vírus da dengue e da febre chikungunya, o Zika é transmitido pelo mosquitoAedes aegypti.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Aedes aegypti: conheça a história do mosquito no Brasil e suas características

O Aedes aegypti – mosquito transmissor de doenças como a dengue, a febre amarela, a febre chikungunya e o vírus Zika – é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16. No Brasil, segundo pesquisadores, o vetor chegou ainda no período colonial. “O mosquito veio nos navios com os escravos", explica a pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Margareth Capurro.


De acordo com o Instituto Oswaldo Cruz, o Aedes aegypti foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo veio em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Em território nacional, desde o início do século 20, o mosquito já era considerado um problema. À época, no entanto, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela. “Na campanha contra a febre, o Aedes aegypti foi erradicado do Brasil usando inseticida químico", lembra a pesquisadora.

Porém, não demorou muito para o mosquito voltar e se espalhar pelo extenso território brasileiro. Em meados dos anos de 1980, o Aedes aegypti foi reintroduzido no país, por meio de espécies que vieram principalmente de Cingapura. Hoje, conforme estudiosos, falar em erradicação é algo improvável. “O fato de usarmos muitos inseticidas químicos fez com que sejam selecionados os mosquitos mais resistentes. A resistência atual desses vetores é muito grande. Justamente por isso, tende-se a diminuir ao máximo o uso de inseticida químico”, esclarece Capurro.

Segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) – que se baseia em dados dos meses de outubro e novembro de 2015 e acumula informações de 1.792 cidades –, um total de 199 municípios brasileiros estão em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e vírus Zika devido à presença significativa do Aedes aegypti. A classificação, feita com base em dados reunidos pelo Ministério da Saúde, leva em conta o fato de que em mais de 4% das casas visitadas nesses locais foram encontradas larvas do mosquito.

Confira a situação do seu município:
Lista mostra situação do Aedes Aegypti nos municípios brasileiros

Em situação um pouco menos crítica – com 1% a 3,9% dos imóveis com foco do mosquito –, o ministério identificou um total de 665 municípios brasileiros em alerta. Outros 928 foram considerados com índices satisfatórios – já que nessas localidades menos de 1% das residências apresentaram larvas do mosquito.

O levantamento identificou ainda a presença do mosquito Aedes albopictus em 261 municípios. Esse vetor também pode transmitir a chikungunya e o vírus Zika. "O Zika acabou se afinando muito bem aos dois tipos de aedes", explica Caio Freiro, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

Entre as 18 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre a presença do Aedes aegypti, apenas Rio Branco (AC) está em situação de risco. Outras sete são classificadas como “em alerta” e dez com “índices satisfatórios”.
*Com informações da TV Brasil


Complicações do vírus Zika ainda estão sendo conhecidas, dizem especialistas

O conhecimento em torno das complicações resultantes da infecção pelo vírus Zika está sendo construído agora. É o que dizem especialistas em relação ao aumento dos casos de microcefalia relacionada ao vírus. Enquanto estudos estão em curso, mulheres grávidas vivem uma gestação marcada pelo temor de contraírem a doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram registrado 1.761 casos suspeitos de má-formação congênita, em 422 municípios.

“Essa é uma doença pouco conhecida, porque ocorreram poucas epidemias no mundo e foram epidemias com poucos casos. Não tivemos nenhuma epidemia de Zika que teve um número grande como estamos tendo no Brasil. Nós estamos conhecendo agora, escrevendo agora como se comporta a Zika e as repercussões que ela pode dar no indivíduo infectado”, declarou o infectologista Marcos Boulos, professor da Universidade de São Paulo e coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

O também infectologista David Uip, secretário estadual de Saúde de São Paulo e que foi responsável pelo primeiro diagnóstico de Aids no Brasil em 1982, faz uma relação do Zika ao HIV. “Nós fomos trabalhar com as vias de contaminação por identificação de vírus e diagnóstico em 1985 e medicamento somente em 1996. Só 15 anos de descoberta de uma nova doença para os primeiros medicamentos que mudaram a história e a evolução do HIV/Aids”, comparou. Ele avalia é preciso buscar novos conhecimentos sobre o Zika, mas que demandará tempo de maturação.

Boulos avalia que não seria possível prever a doença, tendo em vista que ela não era conhecida dos médicos e pesquisadores brasileiros. “Se nós tivessemos despertos para uma possibilidade de doença diferente da dengue, daí as investigações poderiam ser feitas naquele momento e poderíamos ter algo diferente do que acabou acontecendo. Nós acomodamos que tudo era dengue. Quando não faz diagnóstico no começo, tem mais dificuldade para controlar a disseminação”, apontou.

Ele explica que para haver um aumento expressivo dos casos de microcefalia associada ao Zika, é preciso que o vírus esteja amplamente disseminado. Em relação à incidência, no entanto, apesar do aumento, ele destaca que o número é insignificante em termos de uma geração, mas que o impacto para as famílias não pode ser comparado nesses termos. “Se estamos falando em mil casos no país, significa que o número está sendo muito maior do que seria esperado no país. Isso mostra que a epidemia está trazendo um ônus para uma geração de mães, de jovens mães, que vão ter sua vida comprometida por ter que cuidar de uma criança que vai exigir muitos cuidados”, declarou.

Boulos explica que, apesar de se saber pouco sobre as consequências do Zika, para as grávidas, os primeiros três meses de gestação são os mais delicados em relação à microcefalia. Depois desse período, ainda não é possível atestar se o vírus ainda pode causar complicações. “Algumas infecções por vírus podem [provocar alterações] até o sexto mês, pessoas com surdez, alterações oftalmológicas. O Zika nós não conhecemos. O tempo vai dizer para a gente”, disse. Nesse sentido, o infectologista destaca que não há outra medida que não seja conter a proliferação do mosquito.

Sobre o risco de problemas neurológicos em crianças maiores ou idosos, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou em nota, nesta semana, que, até o momento, não há qualquer comprovação científica que ligue essas ocorrências ao Zika. Para o médico Marcelo Burlá, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, não é possível afastar o risco em nenhuma idade gestacional ou cronológica. O mesmo, na avaliação dele, vale para as dúvidas sobre a transmissão pelo leite e fluidos corporais. “A gestante deve procurar não amamentar, se deu à luz e tiver sintoma de Zika e a gestante que tiver companheiro com sintoma da doença deve evitar relações sexuais”, orientou.

A medida, no entanto, não é a recomendada pelo Ministério da Saúde. “A informação que ministério tem é que não há recomendação para mães não amamentarem os seus filhos, porque não há ainda comprovação evidente, como também no caso da transmissão sexual”, disse o ministro Marcelo Castro em entrevista na capital paulista, nesta semana. Segundo ele, o caso de transmissão sexual foi verificada em apenas um casal estrangeiro.

Apesar de divergirem em algumas orientações, tendo em vista a imprevisibilidade da doença, eles concordam que a medida mais eficiente para combater o Zika e evitar complicações resultantes da infecção viral é combater ao Aedes aegypti. “Pouco mais de 80% dos criadouros estão nas nossas casas. Mesmo que tenhamos o serviço público mais competente, mesmo que se ponha dezenas de pessoas nas ruas, não vamos ter sucesso se população não engajar nesta luta e buscar retirar água parada dentro de suas casas, vaso de planta, tampa de garrafa, copos plásticos, caixa d'água. Se todo mundo fizer sua parte, vamos controlar todas as doenças transmitidas pelo mosquito”, disse Boulos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Especialista defende nova estratégia para combate ao Aedes aegypti

Com a situação inédita no mundo de mais de 1.200 casos suspeitos de microcefalia relacionados à infecção pelo vírus Zika no Brasil, o presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Gastão Wagner Campos, defendeu que é preciso mudar a estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor dos vírus da dengue, da chikungunya e do Zika.

Para ele, o país vive uma emergência sanitária. “Temos uma emergência sanitária. Uma parte importante dessas crianças que têm microcefalia morre antes de nascer, na gestação ou logo na primeira infância. outros têm convulsões, problemas neurológicos gravíssimos, deficiência intelectual, motora. É um problema muito grave”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo o especialista, o governo brasileiro fracassou no combate ao mosquito e um dos motivos é a falta de coordenação entre as unidades federativas. Ele afirma que a população não pode ser responsabilizada. 

Doutor em saúde coletiva e professor da Universidade Estadual de Campinas, Campos diz que deve haver integração entre os governos municipais, estaduais e federal. “Eu defendo que sejam formados grupos que unifiquem os recursos do Ministério da Saúde, do estado em questão e do município sob um único comando, e que esse grupo possa contar com o apoio das Forças Armadas, para ir de casa em casa apoiando as pessoas a mudar, por exemplo, lajes, pôr calhas, no escoamento de criadouros”.

Segundo o especialista, alguns municípios agem, outros não e, com isso, a infestação pelo mosquito não diminui. De acordo com Campos, a ação de ir de casa em casa ajudando a população a eliminar os criadouros, de ter dia certo para recolher “bagulhos”, tem que durar anos até que a circulação do mosquito registre queda substancial.

Aedes aegypti tem grande capacidade de adaptação, por isso é improvável que se chegue à eliminação do vetor. O professor observou que é possível diminuir drasticamente os criadouros também com sistemas de coleta de lixo mais eficientes e com uma limpeza urbana mais sistemática e rigorosa.

Apesar das críticas ao combate ao mosquito, Campos elogiou o governo pelo alerta rápido sobre as  consequências do vírus Zika. “É muito importante avisar a população sobre os riscos”, disse, acrescentando que é uma decisão prudente, apesar de muito pessoal, adiar planos de gravidez.

No último sábado (5), o governo federal divulgou o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Para o primeiro eixo, o documento prevê a mobilização de agentes comunitários a fim de reforçar a orientação à população sobre o combate ao mosquito nas residências. Pelo novo plano, serão feitas mobilizações com agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias.

Em nota, o Ministério da Saúde informa que, para o controle do vetor, o governo federal vai adquirir e disponibilizar equipamentos para a aplicação de inseticidas e larvicidas e garantir a compra dos insumos. As Forças Armadas e a Defesa Civil vão dar apoio logístico para o transporte e a distribuição de inseticidas e de profissionais de saúde. Os dois órgãos também vão atuar em visitas a residências para eliminação e controle do vetor, além de mobilizações de prevenção, como mutirões.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Dilma lança plano de combate ao Aedes aegypti e de atenção à saúde de bebês

A presidenta Dilma Rousseff lança hoje, no Recife, um plano nacional de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti. O objetivo do programa é fornecer diretrizes unificadas a serem seguidas por todos os estados e municípios para combater o vetor da dengue, chikungunya e do vírus Zika. Além da mobilização contra o mosquito, o plano envolverá também ações de atendimento a mulheres e bebês com microcefalia.

Ao lado do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, de prefeitos e de autoridades locais e nacionais ligadas à saúde e à defesa civil, a presidenta participa de uma reunião para discutir o surgimento dos casos de microcefalia. O encontro está previsto para as 10h30, no Comando Militar do Nordeste.

Na sexta-feira (4), ao participar da 15ª Conferência Nacional de Saúde, Dilma disse que lançaria no estado o primeiro teste do plano, que fará um “imenso combate” ao vetor devido às consequências que tem trazido para grávidas que contraem o vírus Zika e para os seus filhos, que acabam nascendo com microcefalia.

“Começou no Nordeste, mas já tem em outras regiões do país. Por isso nós estamos mobilizando os agentes de saúde. Nós estamos mobilizando toda a estrutura da Defesa Civil Nacional. Nós estamos mobilizando, da parte do governo federal, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, para nos ajudar nessa ação de prevenção ao vírus Zika”, disse a presidenta.

Na última quarta-feira (2), o ministro da Saúde, Marcelo Castro, que também estará presente no evento, disse que dos 646 casos de microcefalia registrados em Pernambuco, cerca de 150 foram confirmados.

A escolha do local para o lançamento do plano está diretamente relacionada à quantidade dos casos de microcefalia em cada estado. Até o dia 28 de novembro, foram notificados 1.248 casos suspeitos de microcefalia identificados em 311 municípios de 14 estados. Pernambuco tem o maior número de casos (646), seguido da Paraíba (248), do Rio Grande do Norte (79), de Sergipe (77), de Alagoas (59), da Bahia (37), do Piauí (36), do Ceará (25), do Maranhão (12), do Rio de Janeiro (12), de Tocantins (12), de Goiás (2), do Distrito Federal (1) e do Mato Grosso do Sul (1).

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Aumento de casos de microcefalia é uma grande "calamidade" , diz ministro

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse hoje (1º) que a situação vivida pelo país com relação ao aumento de casos de microcefalia é a “maior calamidade” que o país viveu nos últimos tempos. “Um drama de dimensões extraordinárias o que está acontecendo. O poder público e a sociedade têm que dar a resposta na mesma altura do drama”, disse o ministro em entrevista a jornalistas logo depois de declarar aberta a 15ª Conferência Nacional de Saúde (CNS).

Castro esteve nesta segunda-feira em Pernambuco, estado com maior número de diagnósticos de microcefalia, para debater o Plano Estadual de Enfrentamento das Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti,mosquito causador da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika, que quando infecta gestantes pode provocar microcefalia no feto.

No Brasil, são 1.248 casos suspeitos, identificados em 311 municípios de 14 unidades da federação. Entre o total de casos, foram notificados sete óbitos. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Microcefalia, atualizado nesta segunda-feira (31) pelo Ministério da Saúde.

A 15ª CNS vai reunir até sexta-feira (4) representantes de todos os estados para a formulação de diretrizes para o Plano Nacional de Saúde.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Pernambuco e Recife decretam situação de emergência em relação a Aedes aegypti


A cidade de Recife e o estado de Pernambuco decretaram neste sábado (29) situação de emergência por causa da epidemia de dengue e do aumento de incidências de chikungunya e zika, vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. A decisão ocorreu um dia após o Ministério da Saúde confirmar a relação entre infecção pelo vírus zika na gravidez e o nascimento de crianças com microcefalia.

O decreto foi assinado neste domingo pelo governador Paulo Câmara e pelo prefeito do Recife, Geraldo Júlio, e será válido por 180 a partir da publicação, na terça-feira (1º). A medida considerou a alteração no padrão epidemiológico de ocorrências de microcefalia e também a necessidade de adotar medidas para diminuir os riscos provocados pelos três vírus.

Em nota divulgada ontem (28), o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e o aumento de casos de microcefalia, principalmente em Pernambuco. Exames feitos em um bebê nascido no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos.

Exames Já haviam sido feitos em outras duas gestantes que tiveram os fetos diagnosticados com microcefalia e o resultado tinha sido o mesmo. Em 2014, foram 147 registros de casos da malformação em todo país. Em 2015, só o estado de Pernambuco já registrou quase 500 casos.

Com o decreto, o governo e a prefeitura poderão adotar imediatamente, sem licitação, medidas administrativas necessárias para imediata resposta à situação, como implantação de força- tarefa para enfrentamento do mosquito e contratação temporária de profissionais.


Ministério da Saúde confirma relação entre vírus Zika e microcefalia


O Ministério da Saúde confirmou na ultima sexta (28) que existe relação entre o vírus Zika e os casos de microcefalia na Região Nordeste do país. Segundo nota divulgada pela pasta, exames feitos em um bebê nascido no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos.

O resultado enviado pelo Instituto Evandro Chagas revelou, segundo o ministério, “uma situação inédita na pesquisa científica mundial”. O governo assegurou que vai dar continuidade às investigações para descobrir quais as formas de transmissão, como o vírus atua no organismo e qual período de maior vulnerabilidade para a gestante. “Em análise inicial, o risco está associado aos três primeiros meses de gravidez”, complementou.

Ontem (27), o instituto de pesquisa notificou o governo sobre outros dois óbitos relacionados ao vírus Zika. As análises indicaram que o vírus pode ter contribuído para agravar estes casos. “Esta foi a primeira ligação de morte relacionada ao vírus zika no mundo, o que demostra uma semelhança com a dengue”.

O primeiro caso confirmado foi o de um homem com histórico de lúpus e de uso crônico de medicamentos corticoides, no Maranhão, e o segundo é o de uma menina de 16 anos, no Pará, que morreu no final de outubro, depois de relatar sintomas semelhantes ao de dengue, como dor de cabeça e náuseas.
Diante dessa declaração, a expectativa é que sejam redobradas ações nacionais para combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, Zika e chikungunya. “O momento agora é de unir esforços para intensificar ainda mais as ações e mobilização”, alertou o ministério.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Ministério da Saúde alerta gestantes sobre riscos de microcefalia


O Ministério da Saúde divulgou hoje (13) recomendações para as mães que estão preocupadas com o aumento de casos de microcefalia no Nordeste. As recomendações são para que façam exames de pré-natal, evitem álcool e drogas, não usem medicamentos sem orientação médica e se protejam de mosquitos. 

Segundo nota do ministério, é importante que as gestantes e suas famílias adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, retirando recipientes que tenham água parada e cobrindo adequadamente locais de armazenamento de água.

Além disso, a nota recomenda que as famílias mantenham portas e janelas fechadas ou teladas, que as gestantes usem calça e camisa de manga comprida e utilizem repelentes para evitar picadas de mosquitos.

O ministério indica ainda que, até que as causas do aumento da incidência da doença sejam esclarecidas, as mulheres que planejam engravidar avaliem os riscos antes de tomar uma decisão. A nota acrescenta que “não há uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar a gravidez. A decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família”.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Idosos têm 12 vezes mais risco de morrer por dengue


Dados divulgados hoje (10) pelo Ministério da Saúde indicam que os idosos apresentam 12 vezes mais risco de morrer por dengue do que os brasileiros das demais faixas etárias. De acordo com o levantamento, pessoas com mais de 60 anos representam 42% do total de óbitos em decorrência da doença registrado nos primeiros três meses deste ano (132).
Segundo a pasta, a maior vulnerabilidade entre idosos pode estar relacionada à prevalência de doenças crônicas como diabetes e cardiopatias. Por causa desses fatores de vulnerabilidade, o ministério orienta os idosos a procurar uma unidade de saúde assim que surgirem os primeiros sinais da doença.
Os sintomas mais comuns da dengue são febre, dor de cabeça (algumas vezes mais localizada no fundo dos olhos) e nas articulações. Dores abdominais e vômitos persistentes podem ser sinais de agravamento do quadro. A orientação é que, nesses casos, a pessoa busque imediatamente um serviço de saúde.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook