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terça-feira, 15 de julho de 2025

As origens das reservas de ouro dos EUA na época do acordo de Bretton Woods


Dag Vulpi

No período pós-Segunda Guerra Mundial, as nações do mundo buscavam estabelecer um novo sistema monetário internacional estável para evitar as dificuldades enfrentadas durante a Grande Depressão da década de 1930. Esse esforço culminou na criação do Acordo de Bretton Woods, firmado em julho de 1944, nos Estados Unidos.

Uma das questões centrais abordadas no acordo era a definição de uma reserva internacional confiável. O ouro, historicamente considerado como uma forma estável de valor, desempenhou um papel fundamental nesse contexto. Os Estados Unidos, sendo a principal potência econômica e detentora de uma quantidade significativa de ouro na época, assumiram um papel central na formação do sistema.

Durante a década de 1930, os EUA passaram por um período de crise econômica, conhecido como a Grande Depressão. Para estabilizar sua economia, o presidente Franklin D. Roosevelt adotou uma série de medidas, incluindo a proibição da posse privada de ouro e a desvalorização do dólar. O governo dos Estados Unidos implementou políticas que buscavam estimular a recuperação econômica e garantir a estabilidade financeira.

Com o início da Segunda Guerra Mundial, muitas nações transferiram suas reservas de ouro para os Estados Unidos por questões de segurança. A neutralidade dos Estados Unidos no início do conflito permitiu que o país fosse visto como um refúgio seguro para o ouro de outras nações, evitando o risco de perda durante a guerra.

No período que antecedeu o Acordo de Bretton Woods, os Estados Unidos acumularam uma quantidade substancial de ouro em suas reservas. As reservas de ouro dos EUA cresceram ainda mais com a venda de títulos do Tesouro norte-americano para financiar os esforços de guerra dos Aliados.

Com o estabelecimento do Acordo de Bretton Woods, foi acordado que o dólar dos Estados Unidos seria a principal moeda de reserva internacional. Os países participantes concordaram em fixar suas moedas em relação ao dólar, enquanto os Estados Unidos garantiam a conversibilidade do dólar em ouro a uma taxa fixa de US$ 35 por onça.

Essa fixação do valor do dólar em relação ao ouro deu aos países confiança na estabilidade da moeda americana e facilitou o comércio internacional. No entanto, ao longo dos anos, o aumento dos gastos do governo norte-americano, especialmente durante a Guerra do Vietnã, levou a um déficit crescente na balança de pagamentos dos Estados Unidos e a uma diminuição das reservas de ouro.

Em 1971, o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, suspendeu a convertibilidade do dólar em ouro, encerrando efetivamente o sistema de Bretton Woods. A partir desse momento, o dólar flutuou livremente em relação a outras moedas, e o ouro deixou de ser o principal respaldo das reservas internacionais.

No entanto, mesmo após o fim do sistema de Bretton Woods, as reservas de ouro dos Estados Unidos continuaram a ser uma parte importante das reservas internacionais e da política monetária global. As informações mais recentes, datadas de setembro de 2021, afirmavam que o país possuía aproximadamente 8.133,5 toneladas de ouro em suas reservas. Essa quantidade coloca os EUA como o país com as maiores reservas de ouro do mundo.

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