Dag Vulpi - 18/07/25
Enquanto empresas brasileiras pagam impostos e geram empregos, gigantes como Google e Meta lucram bilhões no país e driblam a tributação. Agora, o Brasil se prepara para taxar as Big Techs – não por punição, mas para acabar com uma concorrência desleal que há anos prejudica nossa economia. Entenda por que essa pode ser a virada para uma justiça fiscal no mundo digital.
As discussões sobre a taxação das Big Techs no Brasil vão muito além da simples arrecadação. Trata-se de corrigir uma distorção histórica que beneficia gigantes estrangeiras em prejuízo das empresas nacionais.
Empresas como Google, Meta e Amazon faturam bilhões no país, seja com publicidade, venda de dados ou intermediação de serviços. Apesar disso, aproveitam-se de brechas fiscais para transferir lucros a paraísos tributários, pagando muito menos impostos do que as empresas brasileiras que competem no mesmo mercado.
O resultado é uma concorrência desigual: enquanto companhias locais geram empregos e cumprem suas obrigações fiscais aqui, essas multinacionais operam com vantagens injustas, sem contribuir de forma proporcional para a sociedade da qual tanto lucram.
A proposta de tributar serviços digitais busca equilibrar essa balança, garantindo que as Big Techs paguem sua parte justa. O objetivo não é frear a inovação, mas assegurar que essas empresas – que se beneficiam da nossa economia e infraestrutura – também ajudem a financiar educação, saúde e desenvolvimento no país.
O Brasil não está sozinho nessa luta. Na Europa, países como França e Espanha já adotaram medidas semelhantes, e a própria OCDE pressiona por regras globais mais justas. Ao avançar nessa discussão, o país mostra que é possível conciliar progresso tecnológico com responsabilidade fiscal – em benefício de todos.
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Dag Vulpi