Lula
está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba
O
ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF),
negou uma liminar (decisão provisória) pedida pela defesa do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva para que fosse suspensa uma das ações penais em que é
acusado pelo suposto recebimento de propina da empresa Odebrecht. O caso está
sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
No
pedido, os advogados de Lula voltam a citar a liminar proferida em maio pelo
Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que
recomendou a garantia dos direitos políticos de Lula até que o órgão julgue em
definitivo se Moro cometeu alguma irregularidade na condenação do
ex-presidente.
Na
decisão assinada ontem (29), Fachin entendeu que a recomendação do órgão
multilateral não se aplica ao campo penal, restringindo-se à esfera eleitoral.
O ministro escreveu que “quanto às alegações atinentes ao comitê da ONU, como
citado, a matéria não se enfeixa em exame preambular atinente ao campo
especificamente da seara penal”.
Em
setembro, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou, por 6 a
1, que a recomendação da ONU não vincularia a Justiça Eleitoral brasileira e
julgou Lula inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Também ministro do TSE, Fachin
foi o único a votar na ocasião de modo favorável ao ex-presidente.
Lula
está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba,
onde cumpre a pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP). A condenação
foi confirmada pela segunda instância da Justiça Federal, o que levou o TSE a
enquadrar o ex-presidente na Lei da Ficha Limpa. Ele recorre às instâncias
superiores contra a condenação. Com informações da Agência Brasil.
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