Amigos
de Temer viram réus por organização criminosa
Decisão
é do juiz Marcos Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara da Justiça Federal
Ojuiz
Marcos Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara da Justiça Federal, em Brasília,
aceitou denúncia de organização criminosa contra nove pessoas, entre elas
integrantes do MDB e dois amigos próximos do presidente Michel Temer, o coronel
João Baptista de Lima Filho e o advogado José Yunes.
Os
acusados passam agora à condição de réus e responderão a uma ação penal.
A
denúncia, referente ao chamado "quadrilhão do MDB", foi apresentada
originalmente em setembro do ano passado pelo então procurador-geral da República
Rodrigo Janot ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra Temer e alguns de
seus aliados, como os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (RJ) e Henrique
Eduardo Alves (RN), além do ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA) e do
ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PR).
Ele
apontou a existência de uma organização que desviava recursos de vários órgãos
públicos para integrantes do partido.
Os
acusados negam envolvimento em ilícitos.
Depois
que a Câmara dos Deputados barrou o prosseguimento da ação contra Temer, o caso
foi remetido à Justiça Federal no Distrito Federal para que os envolvidos sem
prerrogativa de foro sejam processados.
No
último dia 21, a Procuradoria da República no DF ratificou a denúncia original
e fez um aditamento, acrescentando cinco novos acusados ao caso, entre eles
Yunes e Lima. Também são acusados os corretor Lúcio Funaro, Altair Alves
Pinto e Sidney Szabo, apontados como auxiliares de Cunha no esquema
investigado.
O
magistrado aceitou a denúncia integralmente contra todos os denunciados.
A
acusação dos procuradores leva em conta o fato de Yunes ter admitido que
recebeu um pacote da Odebrecht, a pedido do ministro Eliseu Padilha (Casa
Civil). Segundo as investigações, tratava-se de doação ilegal de campanha
acertada com Temer e aliados em 2014, no Palácio do Jaburu.
A
acusação ao coronel se baseia nas delações de Joesley Batista e Ricardo Saud,
da JBS. Segundo as colaborações, a pedido de Temer, a empresa entregou R$ 1
milhão ao coronel Lima. Os recursos seriam para uso em campanha, mas o
presidente teria ficado com o dinheiro para proveito pessoal.
A
delação da JBS também levantou a suspeita de que a Rodrimar, empresa que atua
no Porto de Santos, foi beneficiada por Temer com a edição de um decreto. Essa
investigação corre perante o Supremo Tribunal Federal. Com informações da
Folhapress.
esta no stf
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