Operação
cumpre, nesta terça-feira (24), nove mandados, sendo oito de busca e apreensão
e um de prisão preventiva.
A
Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (24) operação no Congresso
Nacional, que tem como alvos o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o
senador Ciro Nogueira (PP-PI). Também há um mandato de prisão contra o
ex-deputado Márcio Junqueira, de Roraima.
Na
nova fase da Lava Jato, o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal
Federal), aponta a necessidade de obter provas referentes aos crimes de
embaraço à investigação de organização criminosa.
Em
nota, a Procuradoria-Geral da República afirmou que estão sendo cumpridos nove
mandados, sendo oito de busca e apreensão e um de prisão preventiva.
O
ex-parlamentar é apontado, segundo a PGR, como "o intermediário do
esquema, que inclui o pagamento de despesas pessoais, ameaças e até proposta
para a mudança do teor de depoimento que incriminaria os alvos da operação de
hoje".
A
procuradoria afirma que as buscas ocorrem, além de Brasília, em em Teresina,
Recife e Boa Vista.
Em
sua decisão, Fachin autorizou a Polícia Federal a recolher documentos, artigos
eletrônicos e dinheiro em espécie acima de R$ 50 mil, entre outros itens.
Fachin
determinou que os mandados sejam cumpridos "com a máxima discrição e com a
menor ostensividade".
Nas
ordens de buscas nos gabinetes dos parlamentares, Fachin destacou que os
mandados devem ser cumpridos com o acompanhamento de um funcionário do
Congresso e que as justificativas para os itens recolhidos devem estar
fundamentadas nos autos da operação.
Um
dos partidos mais implicados na Lava Jato, o PP também foi uma das siglas que
mais atraíram congressistas na última janela que permitiu a livre migração de
deputados entre os partidos. A legenda chegou a 51 parlamentares e se tornou,
ao lado do MDB, a segunda maior bancada da Câmara.
Os
policiais federais chegaram à Câmara e ao Senado nas primeiras horas da manhã.
Na Câmara, o sexto andar do prédio de gabinetes, onde fica o de Eduardo da
Fonte, foi isolado pela Polícia Legislativa. No Senado, a PF chegou em um carro
descaracterizado. O terceiro andar, onde fica o gabinete de Ciro Nogueira,
também foi isolado para o trabalho dos policiais.
OUTRO
LADO
Em
nota, a defesa do senador Ciro Nogueira informou que está acompanhando as
buscas que estão sendo realizadas na residência e no gabinete.
Seu
advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, diz que Ciro está fora do
país, que não foi possível falar com ele e que desconhece as razões da
determinação judicial do ministro Fachin.
"É
certo que o senador sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário,
prestando depoimentos sempre que necessário e, inclusive, já foi alvo de busca
e apreensão. Continuará a agir o senador como o principal interessado no
esclarecimento dos fatos. No momento, a defesa aguarda contato com o senador
para poder ter o necessário instrumento de poderes que dará direito ao acesso
aos fundamentos da medida de busca e apreensão", diz o texto.
A
reportagem não obteve retorno da defesa dos outros alvos.
De
acordo com pessoas que acompanham a operação, policiais federais fizeram cópias
dos HDs dos computadores do gabinete de Eduardo da Fonte. Segundo a assessoria
do parlamentar, ele está no Recife e ainda não se manifestou. Com informações
da Folhapress.
psdb so nao roubou muito porque nao era da base...
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