O
mesmo político que teve o apoio de uma minoria para derrubar um projeto de
governo que foi aprovado nas urnas pela maioria é um político que conseguiu
aprovar uma Lei que congela os investimentos nas áreas da saúde e da educação pelos
próximos 20 anos. Esse mesmo político conseguiu aprovar outra Lei que acabou
com direitos trabalhistas duramente conquistados nos últimos 50 anos. Também é
este mesmo governo que está na eminência de aprovar outra Lei que igualmente
extinguirá direitos previdenciários duramente conquistados por anos de luta.
Este mesmo governo, sem cerimônias perdoou dividas milionários de grandes empresários
e donos de banco. Este mesmo governo concede aumentos diuturnos nos
combustíveis. Este mesmo governo, agora pretende
usar as já escassas verbas do Tesouro Nacional, verbas essas que não por acaso,
são herança dos governos de esquerda que o antecederam, para “socorrer” os
bancos em “dificuldades”.
Não
bastasse todo esse descaso com a população do seu país, esse Robin Hood às avessas, é réu
em diversas acusações de corrupção, algumas com vastas provas já apresentadas.
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, confirmou hoje (10) que o
Tesouro Nacional poderá, em última instância, socorrer bancos em dificuldades
financeiras.
A
proposta está em projeto ainda em elaboração pelo governo, que revisa o marco
legal de atuação do BC no caso de bancos com problemas. Atualmente, a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) proíbe o uso de recursos públicos para socorrer
bancos. Uma matéria publicada na edição de segunda-feira (9) do jornal Valor
Econômico diz que o governo vai enviar proposta ao Congresso com as novas
regras.
De
acordo com Goldfajn, o projeto “faz tudo para preservar os recursos públicos”,
colocando o contribuinte por último. “Se não planejar, na hora sabemos quem vai
pagar. Tem que colocar todo mundo organizado”, disse.
Goldfajn
acrescentou que não se trata de uma questão conjuntural, ou seja, relacionada
ao cenário econômico atual.
O
presidente do BC acrescentou que o projeto está sendo feito para se adequar a
acordo firmado com o G-20, grupo das 20 economias mais desenvolvidas do mundo.
Esse acordo foi feito após a crise financeira mundial, gerada por operações do
setor financeiro no mercado imobiliário americano.
Gasolina, gás e luz
Questionado
por senadores sobre o aumento do preço da gasolina, do gás e da luz, Goldfajn
disse que houve congelamento de reajustes há dois anos. “E agora que soltamos
[os reajustes], o preço é maior”, disse.
Goldfajn
defendeu a queda da inflação, que, segundo ele, está ajudando a retomar o
consumo, acrescentando que é preciso retomar os investimentos. “O investimento
tem que vir. Como vem? Primeiro se recupera a utilização da capacidade. Vem
também pela confiança. E a confiança está vindo. A economia está recuperando”,
disse.
O
presidente do BC acrescentou que há investidores estrangeiros interessados em
aplicar recursos no Brasil, se houver melhora nas perspectivas do país.
Goldfajn
participou hoje de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do
Senado.
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