Marcelo
Brandão
A
dois dias da votação da segunda denúncia na Câmara, o presidente Michel Temer
reuniu líderes dos partidos da base aliada para projetar o placar da
votação, prevista para esta quarta-feira (25). Partido a partido,
foram contabilizados quantos votos favoráveis Temer deve ganhar no plenário da
Casa. Os aliados do governo deixaram a reunião otimistas: o discurso é que a
vitória – o arquivamento da denúncia contra o presidente e dois de seus
ministros – virá por uma margem parecida com a obtida na votação da
primeira denúncia, em agosto.
Leia
também:
“Nós deveremos ter entre 260 e
270 votos. Esse grupo que hoje esteve com o presidente fez uma reanálise com
todos os partidos. Se a gente tiver uma votação expressiva, é lógico que vai
refletir nas votações futuras, a reforma tributária, a reforma da Previdência e
outras”, disse o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP). Em
agosto, foram 263 votos favoráveis ao arquivamento da denúncia.
O
parecer do relator Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), contrário à admissibilidade
da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi
aprovado na Comissão de Constituição e de Justiça (CCJ) por 39 votos a 26. O
governo precisa de 172 votos, ou seja, um terço mais um dos 513 deputados, para
impedir que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigar o
presidente da República e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha.
Na
saída do encontro, ocorrido na noite de hoje (23) no Palácio da Alvorada,
Mansur também comentou a postura de parlamentares de partidos da base do
governo que, na avaliação dele, não têm sido fiéis.
“Acho
que essa, possivelmente, seja a última chance de partidos que se dizem aliados
e parlamentares que se dizem aliados estarem na base do governo. Quem estiver
conosco, estará. Quem não estiver conosco, vai estar fora do governo. Tem muito
parlamentar que está na base do governo e vota contra. Temos que privilegiar
quem está votando conosco”, afirmou.
Para
o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), há consenso entre os
líderes da base do governo sobre a inconsistência da denúncia contra o
presidente. “Os líderes têm a convicção plena de que a denúncia é inepta, não
tem sustentação jurídica e por isso a perspectiva é extremamente positiva.
Inclusive com uma perspectiva de termos uma votação ainda melhor do que na
primeira denúncia. Isso foi o que nos passaram todos os líderes de cada uma das
suas bancadas”, afirmou.
Mansur
também falou sobre a liberação de emendas para parlamentares, frisando que o
governo tem a obrigação de liberar os recursos tanto para base quanto para a
oposição. “Muitas vezes você tem um parlamentar que recebeu uma promessa de
liberar determinada emenda pra saúde, infraestrutura. E muitas vezes esse
recurso não saiu. Eu defendo [ a liberação], até porque obrigatoriamente nós
temos que liberar emendas tanto para a oposição quanto para a situação, que se
libere essas emendas rapidamente. Ajuda, claro que ajuda [na votação]”.
Rito
Para
que seja aberta a sessão desta quarta-feira, é necessário que no mínimo 342
deputados tenham registrados presença no painel eletrônico. Os aliados de Temer
não demonstraram preocupação com o quórum mínimo e pretendem trabalhar para
colocar o maior número de deputados no plenário.
A
votação será por chamada nominal, por ordem alfabética, por estado,
alternadamente do Norte para o Sul e vice-versa. Concluída a votação e tendo
votado ao menos 342 deputados, será proclamado o resultado. Para que a Câmara
autorize o STF a iniciar as investigações contra o presidente e os ministros
são necessários, no mínimo, 342 votos contrários ao parecer de Andrada.
esse vai desaparecer da vida Publica depois de 2018.
ResponderExcluir2018 hora da Limpeza no congresso...
ResponderExcluir