O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio decidiu hoje (22)
abrir um novo inquérito relacionado ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG)
pelo crime de lavagem de dinheiro. O pedido de abertura foi feito pela
Procuradoria-Geral da República (PGR), após o parlamentar já ter sido denunciado
por corrupção.
Saiba
mais:
De
acordo com a PGR, o novo inquérito deve apurar suposto recebimento pelo senador
afastado de mais de R$ 60 milhões em propina, por meio de notas fiscais frias
da JBS.
Em
nota, a defesa de Aécio demostrou confiança de que a investigação vai comprovar
que o senador não cometeu os crimes imputados a ele.
“A
defesa do Senador Aécio Neves recebe a informação com naturalidade por se
tratar de desdobramento da denúncia inicial. A investigação demonstrará que não
se pode falar em lavagem ou propina, pois trata-se de dinheiro de origem lícita
numa operação entre privados, portanto sem envolver recurso público ou qualquer
contrapartida. Assim, não houve crime’, diz a nota.
Denúncia anterior
Na
primeira denúncia, Aécio é acusado dos crimes de corrupção e obstrução da
Justiça. A procuradoria acusa o senador afastado de solicitar R$ 2 milhões ao
empresário Joesley Batista, um dos delatores da JBS.
Sobre
a acusação de obstrução da Justiça, Janot sustenta que o senador afastado
tentou embaraçar as investigações da Operação Lava Jato, na qual também é
investigado, ao "empreender esforços" para interferir na distribuição
dos inquéritos dentro da Polícia Federal. Ao fim, o procurador solicitou ao STF
que Aécio e sua irmã sejam condenados ao pagamento de R$ 6 milhões por danos
decorrentes dos casos citados de corrupção.
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Dag Vulpi