O
ministro Ricardo Lewandowski é o relator de um dos seis inquéritos contra o
senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) que tramitam no Supremo Tribunal Federal
(STF), após redistribuição feita a pedido da Procuradoria-Geral da República
(PGR). Ele substituirá o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.
Saiba
mais:
Nesse
inquérito, Aécio é investigado junto com o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG),
ex-governador de Minas Gerais, e o deputado federal Dimas Toledo (PP-MG) e o
ex-deputado Pimenta da Veiga.
Todos
são investigados por corrupção e lavagem de dinheiro, suspeitos de participar
de um esquema para a receptação de R$ 6 milhões em doações ilegais para a
campanha eleitoral dos envolvidos, em 2014.
Eles
foram citados pelo delator Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht
Infraestrutura, que afirmou que Aécio pediu a ele para que a empresa fizesse
repasses à campanha dos parlamentares pouco antes do primeiro turno das
eleições em 2014.
O
inquérito é um dos 76 decorrentes das delações premiadas de ex-funcionários da
Odebrecht. As investigações foram autorizadas por Edson Fachin, que havia sido
escolhido relator por prevenção, por ser o responsável pela Lava Jato no
Supremo.
A
própria PGR, no entanto, argumentou que o caso não guarda relação com a Lava
Jato, e pediu a redistribuição livre, por sorteio, o que foi autorizado na
terça-feira (13) pela presidente do STF, Cármen Lúcia.
“As
razões apresentadas pelo Ministério Público Federal e a manifestação do
ministro relator conduzem à conclusão de inexistência de conexão ou
continência” com a Lava Jato, escreveu a ministra no despacho em que determinou
a redistribuição.
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Dag Vulpi