A
defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) informou hoje (13) ao Supremo
Tribunal Federal (STF) que não descumpriu a decisão que o afastou do cargo. Em
documentos enviados ao ministro Edson Fachin, responsável pela decisão, os
advogados anexaram uma certidão do Senado que confirma a ausência do senador
desde o dia 18 de maio, data em que a decisão foi proferida.
De
acordo com o advogado José Eduardo Alckmin, Aécio Neves não praticou nenhum ato
na função de senador após seu afastamento. “Com efeito, após o dia 18 de maio
de 2017, o ora defendente [Aécio] jamais esteve nas dependências do Senado
Federal e nem exerceu qualquer atividade parlamentar. Não esteve no plenário e
nem em qualquer comissão daquela Casa Legislativa”, afirmou Alckmin.
Ontem
(12), a Diretoria-Geral do Senado Federal divulgou nota em que nega estar
descumprindo a determinação do STF de afastar Aécio Neves do mandato. A reação
da Casa ocorreu após a publicação de uma reportagem pelo jornal Folha de
S.Paulo, que destacou que o nome de Aécio ainda consta no painel de votação e
seu gabinete funciona normalmente, o que configuraria descumprimento da decisão
do STF.
Mais
cedo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), reforçou
que determinou o cumprimento da decisão do Supremo de afastar do mandato o
senador. No entanto, afirmou que os detalhes do afastamento devem ser
esclarecidos pelo STF, uma vez que não estão definidos no regimento interno da
Casa.
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