O
ex-presidente da Câmara deputado cassado Eduardo Cunha disse hoje (14), em
depoimento à Polícia Federal (PF), que o seu silêncio “nunca esteve à venda”,
em referência à denúncia feita por Joesley Batista em acordo de delação
premiado assinada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. O peemedebista
depôs nesta quarta-feira, em Curitiba, no inquérito que investiga o presidente
da República Michel Temer.
Saiba
mais:
Na
saída da sede da PF na capital paranaense, o advogado de Cunha, Rodrigo Rios,
informou à imprensa que o ex-deputado disse também que nunca foi procurado pelo
presidente Michel Temer ou por interlocutores dele para evitar que ele fizesse
delação premiada.
O
depoimento de Cunha estava marcado para as 11h e durou cerca de 1h30. Preso
desde outubro do ano passado no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região
Metropolitana de Curitiba, Cunha foi condenado a 15 anos de prisão em uma das
ações em que é réu na Lava Jato.
Delação
Em
maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin homologou a
delação premiada dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo
JBS. Para o acordo, Joesley entregou à Procuradoria-Geral da República a
gravação de um encontro com o presidente Michel Temer. No diálogo, Temer teria
sugerido que o empresário mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da
Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em
silêncio.
Temer
nega as acusações e pediu à PGR que o áudio apresentado pelo empresário seja
periciado. Com autorização do Supremo, a Polícia Federal está fazendo a perícia
nas gravações feitas pelo empresário Joesley Batista.
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