A
defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha pediu hoje (13) ao Supremo Tribunal
Federal (STF) acesso às investigações da JBS antes de prestar depoimento à
Polícia Federal. Cunha deve ser interrogado pela PF amanhã (14), na sede da corporação
em Curitiba, onde está preso por determinação do juiz federal Sérgio Moro.
Em
petição enviada ao ministro Edson Fachin, responsável pela investigação, os
advogados de Cunha afirmam que precisam ter acesso a todo o material das
investigações antes do depoimento.
“Considerando
a existência de elementos de investigação que não são de pleno conhecimento do
investigado, nomeadamente gravações de áudios ambientais e ligações
telefônicas, requer-se seja deferido o acesso a todo este material e a qualquer
outro dado investigatório não contido nos autos eletrônicos deste inquérito
policial, com pelo menos 48 horas de antecedência de sua oitiva”, pediu a
defesa.
Cunha
foi citado nos depoimentos de delação do empresário Joesley Batista, um dos
donos da empresa. No mês passado, os advogados do ex-parlamentar pediu a
anulação do acordo de delação da JBS. No recurso apresentado ao Supremo, os
advogados de Cunha alegam que não há provas sobre o suposto pagamento mensal ao
ex-deputado para comprar seu silêncio, conforme um dos depoimentos da delação
da JBS.
A
defesa também criticou os benefícios concedidos pelo Ministério Público Federal
(MPF) aos delatores ligados à empresa, como dispensa de prisão e permissão para
morar nos Estados Unidos. “Não tem a menor razoabilidade, tampouco
proporcionalidade, esse grupo de delatores se beneficiar com tamanha
generosidade, ante a quantidade e complexidade dos supostos crimes
apresentados”, argumenta a defesa.
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