O
advogado do PSDB defendeu hoje (6) a cassação da chapa Dilma-Temer durante o
julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ação pela cassação da chapa
foi protocolada pelo partido em 2014, após o resultado do pleito. De acordo
José Eduardo Alckmin, a campanha da ex-presidenta Dilma Rousseff usou recursos
ilícitos e impossibilitou uma disputa legal entre os demais candidatos.
Saiba
Mais:
O
advogado citou os depoimentos de delação premiada do publicitário João Santana
e do empresário Marcelo Obebrecht, que disseram que a campanha eleitoral
recebeu recursos ilegais. Durante sua sustentação, o advogado não citou fatos
sobre a campanha do presidente Michel Temer, então vice-presidente.
"Neste
caso, parece indubitável que fatos foram cometidos, ilícitos foram perpetrados,
que configuram, inegavelmente, o abuso do poder econômico, o abuso do poder
político, e também a falta de observância das regras e despesas nas campanhas
eleitorais", disse Alckmin.
O
julgamento segue para a manifestação das defesas de Dilma e Temer, além do
parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE).
Após
o resultado das eleições de 2014, o PSDB entrou com a ação, e o TSE começou a
julgar suspeitas de irregularidade nos repasses a gráficas que prestaram
serviços para a campanha eleitoral de Dilma e Temer. Recentemente, o relator da
ação, ministro Herman Benjamin, decidiu incluir no processo o depoimento dos
delatores ligados à empreiteira Odebrecht investigados na Operação Lava Jato.
Os delatores relataram que fizeram repasses ilegais para a campanha
presidencial.
Em
dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e de
seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas e por unanimidade no TSE.
No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação.
Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da presidenta e do
vice-presidente é julgada em conjunto.
A
campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o
processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi
documentado e monitorado. A defesa do presidente Michel Temer sustenta que a
campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De
acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no
pagamento dos serviços.
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