A
Primeira Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2)
decidiu remeter para a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, o processo penal
em que o ex-presidente da Câmara dos Dputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a
ex-prefeita de Rio Bonito, Solange Pereira de Almeida, são acusados de
participação no esquema de corrupção em contratos da Petrobras. Com isso, a
ação será julgada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da
Operação Lava Jato.
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A
decisão, que acompanhou o entendimento do desembargador federal Paulo Espirito
Santo, ocorreu em recurso (julgamento de agravo) apresentado por Cunha, para
que ele fosse processado e julgado pela primeira instância da Justiça Federal
no Rio de Janeiro.
Após
o fim do mandato de Solange Almeida na prefeitura de Rio Bonito, o tribunal
decidiu remeter os autos para a primeira instância de Curitiba e este foi o
motivo para Eduardo Cunha apresentar o agravo.
De
acordo com o tribunal, o ex-presidente da Câmara alegou que a 13ª Vara Federal
Criminal de Curitiba já julgou o mérito de processo que apurou os mesmos fatos
denunciados, porém em relação a outros réus. A defesa argumentou que, por isso,
a ação deveria ser mantida na Justiça Federal no Rio de Janeiro, onde,
supostamente, Cunha teria cometido os crimes denunciados pelo Ministério
Público Federal (MPF).
Para
o relator do processo no TRF2, Paulo Espirito Santo, a duplicidade de ações no
Rio de Janeiro e no Paraná só ocorreu em função da prerrogativa de foro.
“Assim, apesar de realmente estar sentenciado o processo a que se reporta o
embargante, como pode ser visto, há um conjunto probatório que demanda
apreciação por um único juízo (13ª Vara Federal de Curitiba/PR), no caso
prevento, eis que lá houve apuração em relação aos demais réus envolvidos nos
mesmos fatos”, argumentou o desembargador federal.
Denúncia
O
processo contra Eduardo Cunha e Solange Pereira de Almeida, que na época
ocupava o cargo de prefeita, teve início com denúncia do Ministério Público
Federal oferecida ao TRF2. Como ela estava em mandato municipal, tinha o
direito de ser julgada diretamente pela segunda instância, por causa da
prerrogativa do foro por função.
A
denúncia do MPF, aponta que Cunha teria pedido propina ao estaleiro Samsung,
com sede na Coreia do Sul, no total de US$ 40 milhões, em troca de atuar na
contratação de navios-sonda com a Petrobras.
O
equipamento seria utilizado em operações de perfuração em águas profundas na
África e no Golfo do México. Ainda conforme a denúncia do MPF, a negociação
teria sido efetuada com a intervenção de Solange Almeida e de Júlio Camargo,
que prestou colaboração premiada e foi condenado pela Justiça Federal no
Paraná.
porque sera! ja que Moro e tao ruim.
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