A
empresa JBS é objeto de seis processos administrativos na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda que regula e
fiscaliza o mercado de capitais.
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Três
desses processos foram abertos em uma semana, nos últimos dias 12, 17 e 18,
para apurar notícias, fatos relevantes e comunicados envolvendo a companhia
aberta. A CVM não informou o teor dos processos.
A
JBS é alvo da Operação Lava Jato e de outras operações deflagradas pela Polícia
Federal para investigar possíveis desvios, pagamentos de propina e fraudes na
liberação de recursos públicos.
Também
há indícios não confirmados de que a JBS teria se beneficiado da alta do dólar
que ocorreu ontem (18) horas depois da divulgação de gravação feita por um dos
controladores da empresa, Joesley Batista, na qual, segundo ele, o presidente
Michel Temer dá aval para pagamentos ao ex-deputado Eduardo Cunha. Em
pronunciamento, Temer negou as acusações, pediu investigação rápida e disse que
não renunciará.
Proteção financeira
Em
nota, a JBS informou que gerencia de maneira minuciosa e diária sua exposição
cambial e de commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no
mercado exterior).
“Tendo
em vista a natureza de suas operações, a JBS tem como politica e prática a
utilização de instrumentos de proteção financeira visando, exclusivamente,
minimizar os seus riscos cambiais e de commodities provenientes de sua dívida,
recebíveis em dólar e de suas operações.”
Na
nota, a empresa acrescenta que as movimentações no mercado de câmbio feitas nos
últimos dias estão “alinhadas à sua política de gestão de riscos e proteção
financeira”.
“Um
exemplo do potencial impacto de oscilações na cotação do dólar é que, ao
considerar a variação cambial na cotação do dólar de R$ 3,16 para R$ 3,40, como
a ocorrida entre 31 de março [fechamento do primeiro trimestre] e 18 de maio, a
companhia sofreria um prejuízo superior a R$ 1 bilhão”, argumenta a empresa.
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