A
sessão deliberativa do plenário da Câmara foi suspensa e encerrada após forte
protesto dos partidos de oposição ao governo que criticavam a ação da policial
durante manifestação que ocorre na Esplanada dos Ministérios. Alguns líderes
partidários ocuparam a mesa do plenário da Câmara gritando “Diretas Já, o povo
quer votar”.
Saiba
mais:
Enquanto
os deputados discutiam a Ordem do Dia, milhares de manifestantes protestavam
contra as recentes denúncias de corrupção no governo, além das reformas
trabalhista e da Previdência. A oposição tentava obstruir o andamento da sessão
para evitar a votação da pauta, quando do lado de fora do Congresso teve início
um confronto entre manifestantes e agentes da Polícia Militar do Distrito
Federal.
Os
policiais lançaram bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes que
tentavam descer em direção ao gramado em frente ao Congresso. O tumulto logo
repercutiu no plenário. O líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE),
disse que a polícia agrediu inclusive parlamentares que participavam do
protesto e pediu o fim da sessão do plenário. “A força bruta não pode
substituir a democracia (….) Por isso, eu peço o encerramento da sessão”,
declarou.
Na
tribuna, o líder do DEM, Efraim Filho (PB), rebateu as críticas e disse que a
polícia também foi agredida. Ele pediu que os parlamentares voltassem a
trabalhar. Ao ocupar a mesa do plenário, os oposicionistas estenderam uma faixa
com a frase “Fora Temer”. O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) arrancou a faixa
das mãos dos deputados, o que provocou certo tumulto. Durante a confusão
ouviu-se também no plenário gritos de "Lula na cadeia", em referência
ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da sessão, deputado
André Fufuca (PP-MA), tentou manter o andamento dos trabalhos, mas decidiu
suspender e depois encerrar os trabalhos.
Um
grupo de cerca de 50 pessoas usando máscaras no rosto promoveu um
quebra-quebra durante a manifestação na Esplanda, após a PM dispersar
parte do protesto com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. O grupo
destruiu vidraças de pelo menos cinco ministérios. Também foram depredados
paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões, holofotes que iluminam os
letreiros dos ministérios e banheiros químicos que haviam sido instalados
para a manifestação.
Ordem do Dia
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu início à Ordem do Dia no
plenário por volta das 13h. Em pauta está o projeto de lei 54/15 e sete
medidas provisórias que podem expirar nos próximos dias. A oposição não
registrou presença eletrônica no plenário, apresentou obstrução e tentou
atrasar as discussões. O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) disse que não acha
normal abrir a Ordem do Dia no início da tarde e argumentou que este é um
“jogo” da base para evitar o debate sobre a proposta de Emenda à Constituição
(PEC) que pede a convocação das eleições diretas, em caso de vacância da
Presidência da República. A PEC está em debate na CCJ, mas tem a apreciação tem
sido adiada seguidamente.
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