Agência Brasil
A defesa da
ex-presidenta Dilma Rousseff enviou um pedido de reconsideração ao ministro
Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para ter acesso à
delação premiada de ex-executivos da empreiteira Odebrecht. Benjamin é relator
da ação que investiga eventual abuso de poder político e econômico da chapa
Dilma-Temer na campanha presidencial de 2014. Ontem (16), o ministro negou o
primeiro pedido feito pela defesa.
Para embasar o
requerimento desta quinta-feira (16), o advogado Flavio Caetano apontou
contradições nos depoimentos prestados por Hilberto Silva e Fernando
Migliaccio, dois ex-funcionários da Odebrecht, em relação a pagamentos que
supostamente teriam sido feitos pela empresa a João Santana, marqueteiro de
Dilma em 2014, e a sua mulher, Monica Moura.
A defesa pede
que Benjamin solicite à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo
Tribunal Federal (STF) autorização para o compartilhamento dos depoimentos
prestados na Operação Lava Jato pelos 10 ex-executivos da Odebrecht que
prestaram depoimento perante o TSE desde o início deste mês. O material ainda
se encontra sob sigilo.
No primeiro
requerimento, Caetano havia solicitado também que Benjamin colhesse o
depoimento dos presidentes dos nove partidos que compunham a coligação da chapa
Dilma-Temer em 2014. O ministro deferiu o pedido, mas determinou que as
declarações fossem dadas por escrito. A defesa de Dilma insistiu hoje (16) para
que sejam realizadas oitivas presenciais.
Processo
no TSE
Em dezembro de
2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e de seu
companheiro de chapa Michel Temer foram aprovadas pelo TSE por unanimidade, mas
com ressalvas.
O processo foi
reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há
irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria
recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Lava Jato. Segundo
entendimento do TSE, a prestação contábil da presidente e do vice-presidente é
julgada em conjunto.
Documentação
A campanha de
Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de
contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e
monitorado.
No início do
mês, a defesa do presidente Michel Temer sustentou no TSE que a campanha
eleitoral do PMDB não tem relação com pagamentos suspeitos. De acordo com os
advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos
serviços.
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