O ministro
licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, defendeu hoje (21), em sabatina na
Comissão de Comissão e Justiça (CCJ) do Senado, a necessidade de
regulamentação, pelo Congresso Nacional, do poder de investigação do Ministério
Público.
Moraes, que foi
indicado pelo presidente Michel Temer para uma vaga no Supremo Tribunal Federal
(STF),disse que, embora a Corte já tenha tratado do tema, ainda há necessidade
de regulamentação do Inciso I do Artigo 129 da Constituição.
“Concordo que o
Ministério Público possa investigar, uma vez que sistema acusatório foi
consagrado na Constituição, no Artigo 129, Inciso I, desde que haja
regulamentação. E na regulamentação que o Supremo Tribunal Federal estabeleceu,
em alguns quesitos, há necessidade, ainda, de uma regulamentação. E acho que
seria importante essa Casa e o Congresso realizarem [a regulamentação]”, disse
Moraes, ao responder a uma pergunta da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).
Temas
polêmicos
Moraes, que
passa por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) há quase seis
horas, não quis responder a uma questão sobre possibilidades legais de aborto,
alegando que, caso tenha o seu nome aprovado pelo Senado para o STF, terá que
analisar a questão na Corte. Sobre sistemas de cotas, Alexandre de Moraes disse
que ações afirmativas são “importantíssimas” para efetivação da igualdade,
desde que “adotadas por um tempo certo”.
“No momento em
que a previsão não deu certo, é possível vislumbrar a hipótese de mudança. Uma
hipótese que deu certo foi o percentual [de vagas] em concursos públicos para
pessoas com deficiência. Isso é uma cota que se implementou”, disse.
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