Agência Brasil
Mais de 60
advogados divulgaram hoje (1º) uma petição
online na qual defendem o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). De
acordo com os profissionais, Lula é alvo de “ataques preconceituosos e
discriminatórios” e de tentativas de criminalização. A petição é endereçada ao
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
No documento,
os advogados argumentam que qualquer pessoa pode recorrer à ONU quando entender
que seus direitos são violados. Os apoiadores do ex-presidente também repudiam
as manifestações de associações de magistrados contra o recurso.
“Não é
despiciendo lembrar que o Brasil é, desde 1992, signatário do Pacto
Internacional de Direitos Civis e Políticos da ONU e, desde 2009, também do seu
Protocolo Facultativo, que prevê expressamente a possibilidade de qualquer
pessoa encaminhar comunicação escrita ao referido comitê, quando se sentir
ameaçada pela violação dos direitos protegidos pelo Pacto de Direitos Civis e
Políticos da ONU”, argumentam os advogados.
Além de
advogados, professores e economistas também assinam a petição. Entre os
apoiadores estão o ex-ministro da Justiça e subprocurador da Procuradoria-Geral
da República (PGR), Eugênio Aragão, e Manoel Volkmer de Castilho, assessor
técnico no gabinete do ministro do Supremo, Teori Zavascki, relator da Operação
Lava Jato. O advogado Flávio Caetano, que atuou na campanha eleitoral da
presidenta afastada Dilma Rousseff, também está na lista. O deputado federal
Wadih Damous (PT-RJ) também assinou a petição.
Recurso
na ONU
No recurso
apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, Lula reclamou sobre o que
considera “atos ilegais” praticados pelo juiz federal Sérgio Moro, entre eles a
gravação e divulgação de conversas privadas dele com advogados e também com a
presidenta afastada Dilma Rousseff, além da condução coercitiva para um
depoimento no dia 4 de março.
A peça foi
protocolada na sede do comitê, em Genebra, na Suíça. Segundo a defesa, o
documento é uma resposta aos atos de Moro, que “não podem ser satisfatoriamente
corrigidos na legislação brasileira”.
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