Tribunal
Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) cassou nessa sexta-feira, 8, por
unanimidade, o mandato do deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade);
segundo a TVRBA, entre as irregularidades que causaram a decisão estão o
recebimento de recursos financeiros para campanha, oriundos de fontes não
declaradas bem como a omissão na declaração de montante que chega a R$410.800;
Wladimir ficou conhecido nacionalmente nos últimos meses após a pirotecnia
durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.
Jornal
GGN - O
deputado federal Wladimir Costa (SD), que ganhou os holofotes da mídia após
fazer pirotecnia na Câmara, comemorando o impeachment da presidente afastada
Dilma Rousseff (PT), teve decisão desfavorável no Tribunal Regional Eleitoral,
em função de irregularidades na prestação de contas da eleição de 2014. Segundo
informações da TVRBA, o Diário Oficial do Tribunal deve publicar a sentença
contra Costa na segunda (11). Ele pode recorrer da decisão.
Da
TVRBA
Wladimir Costa
tem mandato cassado
Na manhã desta
sexta-feira (08), em decisão unânime, a Corte Eleitoral do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-PA) cassou o mandato do deputado federal Wladimir Costa
(Solidariedade).
De acordo com
uma fonte do TRE ouvida com exclusividade pelo DOL, a decisão será divulgada
somente na tarde desta sexta, mas já está confirmada.
Entre as
irregularidades que causaram a decisão estão o recebimento de recursos
financeiros para campanha, oriundos de fontes não declaradas bem como a omissão
na declaração de montante que chega a R$410.800. A relatora da representação
foi a Juíza Federal Lucyana Daibes Pereira.
O processo foi
aberto após o Ministério Público Eleitoral entrar com representação referente
aos gastos da campanha eleitoral de 2014. A expectativa é que a decisão seja
publicada na segunda-feira (11) no Diário de Justiça Eleitoral. Ainda cabe
recurso contra a cassação.
Wlad ficou
conhecido nacionalmente nos últimos meses após a pirotecnia durante a votação
do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Outras
acusações
Desde 2010, o
Supremo Tribunal federal (STF) investiga a contratação de funcionários
fantasmas para o gabinete parlamentar do deputado Wladimir Costa.
Durante dois
anos (de fevereiro de 2003 a março de 2005) a Câmara dos Deputados depositou
altos valores em salários, vales refeição, férias, entre outros ganhos, nas
contas da Caixa Econômica Federal para 3 funcionários. Esses “laranjas” eram
obrigados a ir ao caixa do banco sacar o dinheiro e entregar toda a quantia nas
mãos do irmão de Wladimir, Wlaudecir, que então depositava o dinheiro na conta
do deputado. O valor total desviado por Wladimir e seu irmão pode ser superior
a R$ 210 mil, em 2 anos.
Bens
bloqueados
Em janeiro, o
juiz Deomar Alexandre de Pinho Barroso, da 1ª Vara Cível e Empresarial de
Barcarena, determinou o bloqueio de bens do deputado. Ele também ordenou a
quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do assessor direto do
deputado, Ildefonso Augusto Lima Paes, e do servidor da Secretaria de Estado de
Esporte e Lazer (Seel), Emersom Gleyber Leal de Souza, entre outras pessoas.
Eles são
acusados de participar de um esquema de desvio de recursos públicos a partir de
um convênio fechado entre uma ONG do deputado e a Seel. A secretaria é
controlada politicamente por Wladimir, que integra a base de apoio parlamentar
ao governador Simão Jatene (PSDB). Na mesma liminar, o magistrado determinou o
bloqueio e indisponibilidade dos bens dos envolvidos. Emerson e Ildefonso
também foram afastados de suas funções públicas, para não prejudicar as
investigações.
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