O deputado
Jovair Arantes (PTB-GO), relator do processo de impeachment, acatou o pedido
para dar prosseguimento ao processo que visa ao impedimento da presidenta Dilma
Rousseff por crimes de responsabilidade. O pedido foi apresentado pelos
advogados Miguel Reale Junior, Janaina Paschoal e Hélio Bicudo.
Na conclusão
do parecer, que está sendo lido neste momento na comissão da Câmara que analisa
o pedido, Arantes afirma que o pedido “preenche todas as condições jurídicas e
políticas relativas à sua admissibilidade”. No documento, o relator afirma
ainda que “não são pertinentes as diligências, a oitiva das testemunhas e a
produção de provas ao juízo preliminar desta Casa, sendo relacionadas ao juízo
de mérito, vale dizer, à procedência ou improcedência da acusação”.
Mesmo não
tendo analisado o mérito da denúncia, o relator concluiu que existem “outras
questões de elevada gravidade”. O parecer tem 128 páginas e Arantes analisou
todos os pontos da denúncia. “A magnitude e o alcance das violações praticadas
pela Presidente da República, em grave desvio dos seus deveres funcionais e em
quebra da grande confiança que lhe foi depositada, justifica a abertura do
excepcional mecanismo presidencialista do impeachment, na medida em que
resultou na usurpação de uma das funções mais importantes do Parlamento
relativas à deliberação das leis orçamentárias e ao controle legislativo sobre
os limites dos gastos públicos, e que objetiva a proteção do erário público”,
diz trecho do parecer que a Agência Brasil teve acesso.
Finalizada a
leitura do parecer, será concedida vistas coletivas de duas sessões
legislativas e, de acordo com o cronograma de trabalho da comissão, o colegiado
retomará os trabalhos na próxima sexta-feira (8) para discutir o parecer. O
início da votação do relatório está marcado para a próxima segunda-feira (11),
a partir das 17h.
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