O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse ontem (7)
acreditar numa queda de inflação no país durante os próximos meses. Ele
discursou nesta quinta-feira no encontro Itaú Macrovision 2016, no Hotel
Unique, na capital paulista.
“Após inflação elevada no mês de janeiro, causada principalmente pelo aumento significativo dos alimentos in natura
e transporte público, o mês de fevereiro representou o início do
declínio da inflação acumulada. Nos próximos meses, importantes fatores
levarão à manutenção da tendência de declínio da inflação”, afirmou.
Tombini
informou que vários itens de preços administrados, ou seja,
influenciados por órgãos públicos, como água, esgoto, gasolina e
transporte público, pressionaram a inflação de forma significativa em
2015, mas devem apresentar “comportamento moderado” este ano.
“O
Banco Central não se furtará caso novos desenvolvimentos alterem o
balanço de risco da inflação e vai adotar medidas necessárias para
assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas. Fazer
convergir a inflação para a meta de 4,5% em 2017”, acrescentou.
Tombini
destacou que, apesar das dificuldades econômicas, o sistema financeiro
brasileiro é sólido, capitalizado, liquido e pouco dependente de
recursos externos.
“O aumento moderado dos índices de
inadimplência não representa risco material para o sistema. O
endividamento do setor privado está sendo bem gerenciado, inclusive por
meio de renegociações das operações de crédito. A solidez do sistema
financeiro nacional representa importante fundamento da economia,
especialmente relevante neste momento de grandes desafios”, concluiu
Tombini.
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