Enquanto o
governo perdeu o apoio do PMDB, PP e PRB que anunciaram que vão votar a favor
do impeachment da presidenta Dilma Roussef no próximo domingo (17) na
Câmara, hoje (13), alguns antigos aliados decidiram reforçar o apoio ao Palácio
do Planalto. O PDT, mesmo com parlamentares críticos a algumas conduções do
Executivo, principalmente na área econômica, avisou que se mantém na base e
fechou questão para votar contra o impedimento da presidenta.
A decisão foi
tomada numa reunião na casa do líder na Câmara, deputado Weverton Rocha (MA),
com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o ministro André Figueiredo,
das Comunicações, que terminou à 1h30 da madrugada. “A reunião foi longa. É
característica do partido ter discussões. O partido tem muitas criticas desde o
início do governo”, disse Weverton.
Defesa
da democracia
Mesmo com as
divergências, os 19 dos 20 deputados que integram a bancada confirmaram que vão
seguir a orientação nacional. “O partido decidiu que lutará contra o impeachment
porque a solução do problema não será apenas tirando Dilma de seu mandato. A
bancada reitera que ficará do lado da democracia e não apoiaremos este golpe”,
completou.
O único que não
participou do encontro foi o deputado Mário Heringer (MG), um dos maiores
críticos do governo dentro da legenda. Mas, Weverton afirmou que sua ausência
não teve relação com a decisão, disse estar confiante de que a bancada votará
unida e alertou que, se algum parlamentar votar a favor do impedimento, poderá
sofrer sanções a serem decididas na reunião da Executiva da legenda, marcada
para maio. Heringer foi procurado pela Agência Brasil, mas não
respondeu até o fechamento desta matéria.
PSD
reunido
Agora pela
manhã, deputados do PSD estão reunidos, também para afinar a posição da
legenda. A assessoria do partido sinalizou que a decisão pode não sair hoje,
mas a legenda - liderada por Rogério Rosso (DF) -, que presidiu a comissão
especial sobre o impeachment, vai se manter na base aliada do governo.
Não há certeza
sobre o fechamento de questão ou se o PSD vai liberar seus parlamentares para
votar como quiserem. No encontro, além dos parlamentares, participa o ministro
Gilberto Kassab, das Cidades, que foi presidente da legenda.
Como a tendência
é a manutenção na base, Rosso não teria como encaminhar uma votação contrária
ao impeachment, ainda que 26 deputados do partido tenham declarado que são
favoráveis ao afastamento da presidenta. Apenas cinco peesedebistas estão
contra o processo e outros cinco se declaram indecisos. Rosso quer liberar os
votos, mas isto dependerá de uma decisão da bancada e só será anunciado amanhã,
quinta-feira.
As conversas
entre partidos vão continuar durante os próximos dias. Na tarde de hoje, o PTB,
de Jovair Arantes (GO) - relator do processo contra Dilma na comissão
especial – tem reunião marcada para definir os procedimentos que serão adotados
durante a votação.
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