A presidenta Dilma Rousseff decidiu substituir o atual ministro da
Justiça, Wellington César Lima e Silva, que assumiu no início do mês.
Em seu lugar, ela nomeou o subprocurador-geral da República Eugênio José
Guilherme de Aragão.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que
Wellington deveria pedir exoneração do cargo de promotor de Justiça do
Ministério Público (MP) da Bahia, caso quisesse permanecer no cargo. A
decisão foi tomada após questionamento feito à Corte sobre a
impossibilidade de membros do Ministério Público assumirem cargos do
Executivo.
A mudança foi informada há pouco pelo Palácio do Planalto, por meio
de nota à imprensa.
O comunicado informa que o próprio Wellington Silva
apresentou pedido de demissão.
Segundo o texto, Dilma o agradece pelo
“seu compromisso e desprendimento”.
O novo ministro tem 56 anos e
nasceu no Rio de Janeiro. Ele é doutor em direito pela Ruhr-Universität
Bochum (na Alemanha) e professor da Universidade de Brasília (UnB)
desde 1997.
Aragão poderá exercer cargo de ministro por ter
ingressado no Ministério Público em 1987, antes da promulgação de
Constituição em 1988, quando ficou proibido que procuradores e
promotores do MP peçam licença para ocupar cargos em outros Poderes.
Antes
de ser anunciado como o novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão atuava
como vice-procurador eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em
uma das manifestações recentes sobre a Lava Jato, o novo ministro defendeu o uso de provas da
operação em uma das ações nas quais o PSDB pede a cassação dos mandatos
da presidenta Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer. Para o
procurador, não há irregularidade no compartilhamento dos dados das
investigações. No entanto, Aragão sugeriu que, antes de pedir documentos
específicos, o tribunal deve ouvir testemunhas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi