Por Selma R. Furio Vieira* no grupo Consciência
Política Razão Social
Comumente
ouvimos as pessoas dizerem que são contra a corrupção. Perfeito! Afinal ela é o
câncer que corrói o alicerce do país e das instituições.
No entanto, parafraseando Hamlet, percebo que há algo de podre no reino da
moralidade.
O discurso anticorrupção da atualidade apresenta um argumento falacioso e prejudicial à verdade; pois se uma pessoa bradar a todos pulmões que é contra a corrupção, mas for seletiva em sua indignação, ela demonstrará que é guiada por sentimentos diversos à repulsa que pronuncia.
Nestes casos, ou a pessoa é hipócrita, ou desconhece fatos (graças à mídia e a seu empenho gigantesco em demonizar um partido e poupar o outro) ou simplesmente odeia o PT.
Se a pessoa disser que deseja a queda do governo por odiar o partido, ela estará sendo sincera em seu sentimento, mas sarcástica em relação à corrupção, pois demonstra que esta nunca foi sua preocupação. Se fosse, certamente bradaria contra todos os escândalos e não apenas contra os escolhidos pela mídia.
A corrupção não é algo novo no Brasil. Livros de história e pesquisas demonstrarão isso. Ela sempre esteve presente e sempre assolou o país. Vale salientar que o que estamos vivenciando hoje não é o auge da sujeira, mas, como dito por Mário Sérgio Cortella, o "começo da limpeza". E é isso que devemos desejar: que TUDO se apure, que tudo se investigue e que tudo se puna, afinal não existem PARTIDOS CORRUPTOS, pois eles não tem vida própria. Partidos são formados por pessoas e essas diferem uma das outras em todos os aspectos e em todos os lugares, desde partidos políticos até a igrejas.
Se somos contra a corrupção, devemos lutar contra ela como um todo e não seletivamente, pois não há repúdio contra corrupção quando o sentimento que o move é o cinismo e a demagogia.
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