As denuncias
dos delatores da Operação Lava Jato contam com o apoio incondicional do senador
Aécio Neves (PSDB/MG), desde é claro, que aquelas não incluam o seu nome como
envolvido no maior esquema de corrupção da política brasileira. É comum
acompanharmos depoimentos onde o senador diz apoiar o trabalho da PF,
principalmente quando as denuncias são feitas contra políticos da base do
governo, porém, basta que ou o seu, ou o nome de um dos seus pares sejam
citados, para ele imediatamente contestar a validade da palavra daqueles que
ele denominou como “réus confessos”.
O senador
Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou hoje (4), por meio de nota, que vai interpelar
judicialmente o empresário Fernando Moura Hourneaux, investigado na Operação
Lava Jato, sobre a citação de seu nome no depoimento prestado ontem (3) ao juiz
federal Sérgio Moro. O parlamentar disse que está indignado com
"reiteradas tentativas" de envolver seu partido nas investigações da
operação.
Na nota, Aécio
Neves acrescentou que é alvo de "declarações criminosas", feitas por
"réus confessos", que fazem acusações sem provas. O senador disse
ainda que vai interpelar Dimas Toledo para que ele, mesmo já tendo desmentido
os fatos, se manifeste mais uma vez.
"É
preciso que se investigue a fundo para que sejam reveladas as verdadeiras
motivações das falsas acusações. A tentativa de afundar todos no mar de lama no
qual hoje estão atolados os principais dirigentes do PT é parte de uma estratégia
que busca unicamente diminuir aos olhos dos brasileiros a enorme dimensão dos
graves crimes cometidos pelo partido e seus aliados", declarou Aécio.
No depoimento,
Moura, que é um dos delatores da Lava Jato, informou que ouviu de terceiros que
Aécio Neves foi responsável pela indicação do ex-diretor de Furnas Dimas
Toledo. De acordo com Moura, Dimas afirmou que a divisão de propina na estatal
era de "um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio".
Segundo ele, "um terço São Paulo" significava grupo político de
Dirceu e "um terço nacional" o PT nacional.
Fernando
Moura
O empresário
prestou depoimento ontem na ação penal que responde, junto com o ex-ministro da
Casa Civil José Dirceu e 14 investigados, pelos crimes de corrupção,
lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
No depoimento,
o delator afirmou que recebeu propina por ter ajudado na indicação do
ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Ele também reafirmou que
Dirceu deu a palavra final sobre a indicação de Duque para o cargo.
José
Dirceu
Na semana
passada, o ex-ministro José Dirceu prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro e negou
que tenha indicado Renato Duque para a diretoria da Petrobras.
Dirceu
destacou que teve seu nome usado na Petrobras e que nunca autorizou ninguém a
falar em seu nome. O PT sustenta que todas as doações recebidas pelo partido
foram feitas por meios legais e declaradas oficialmente.
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