A oposição
venezuelana considerou ontem (11) "impossível acatar" a decisão do
Supremo Tribunal de Justiça (STJ) do país, que declarou "nulos" os
atos da Assembleia Nacional.
"Não
existe forma alguma para acatar ou executar esta sentença, absolutamente
política e nada jurídica", afirmou o vice-presidente da Assembleia
Nacional, Simón Calzadilla.
O STJ declarou
hoje nulos os atos do parlamento, depois de três deputados da oposição ao
Presidente Nicolás Maduro terem sido investidos no cargo, apesar de suspensos
por aquele órgão por dúvidas relativamente ao seu processo de eleição.
Segundo Simón
Calzadilla, a decisão do STJ "é uma sentença inútil, como a anterior, e a
perpetração de um plano político orquestrado pelo Partido Socialista Unido da
Venezuela para desviar a atenção dos problemas dos venezuelanos".
"Acabou-se
esse governo de características totalitárias, hegemónico, soberbo. É hora de
mudar", disse aos jornalistas, informando que a única possibilidade é que
o governo venezuelano dê um golpe no parlamento.
A decisão foi
tomada pela Sala Eleitoral, uma das seis salas que compõe o STJ, e aparece
publicada na página institucional daquele organismo na internet.
Segundo o STJ,
são absolutamente nulos os atos da Assembleia Nacional que tenham sido ditados
ou se ditem, "enquanto se mantiver a incorporação dos cidadãos sujeitos à
decisão".
A aliança
opositora Mesa de Unidade Democrática obteve, nas eleições de 06 de dezembro, a
primeira vitória em 16 anos, conseguindo eleger 112 dos 167 lugares que compõem
o parlamento, uma maioria de dois terços que lhe confere amplos poderes e marca
uma viragem história contra o regime 'chavista', protagonizado pelo
ex-presidente Hugo Chávez e continuado por Nicolás Maduro.
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