A Comissão
Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou, ontem (1º), o relatório
da receita orçamentária para o ano que vem, com a inclusão de recursos
provenientes da arrecadação da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF). O relatório da receita foi apresentado pelo senador Acir
Gurgacz (PDT-RO) e aprovado pelos integrantes da CMO. O texto aprovado estima a
receita primária de 2016 em R$ 1,451 trilhão.
De acordo com
o texto aprovado, descontados os tributos compartilhados com os estados, o
Distrito Federal e os municípios, a receita primária da União terá um
acréscimo de R$ 39,5 bilhões em relação à proposta original do governo que foi
encaminhada ao Congresso. No relatório de receitas aprovado estão os recursos
previstos com a arrecadação da CPMF a partir de setembro do ano que vem da
ordem de R$ 10,1 bilhões.
No entanto,
para que os recursos arrecadados por meio da CPMF façam parte da receita do ano
que vem, é necessário que a Câmara e o Senado aprovem, em dois turnos, a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 140/15. A emenda que está tramitando na Câmara
não foi ainda sequer analisada pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
Para que os recursos da CPMF integrem a receita do ano que vem, a PEC precisa
ser aprovada e promulgada até maio de 2016, por causa do princípio da
noventena.
Com a
aprovação do relatório de receitas, que vai financiar as despesas primárias da
União no ano que vem, como benefícios assistenciais e previdenciários, despesas
com educação, saúde, agricultura, salários do funcionalismo entre outras
despesas, caberá aso 16 relatores setoriais e ao relator-geral do Orçamento,
deputado Ricardo Barros (PP-PR), cuidar do relatório das despesas,
que terá que ser aprovado pela comissão e depois pelo plenário do
Congresso.
De acordo com
o relatório, a arrecadação com a cobrança da CPMF integra as receitas
orçamentárias como “receita condicionada”, ou seja, as despesas que forem
financiadas com recursos da contribuição só serão executadas se o tributo virar
lei. Também foi incluído no relatório de receitas R$ 21,1 bilhões da cobrança
de imposto de renda sobre recursos repatriados do exterior.
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