O ministro da
Justiça da Coreia do Sul voltou a dizer hoje (27) que haverá tolerância zero a
atos violentos durante protestos nas vésperas de uma manifestação
antigovernamental marcada para a próxima semana em Seul.
Em um discurso
transmitido pela televisão nacional, Kim Hyun-Woong afirmou que o Governo está
determinado em “erradicar” qualquer desordem pública, sublinhando que os
infratores vão “pagar o preço”.
O ministro fez
uma advertência idêntica antes de um protesto antigovernamental no último dia
14, na capital, que contou com a adesão de cerca de 60 mil pessoas e acabou em
confrontos entre os manifestantes e a polícia, que usou gás pimenta e canhões
de água para manter a ordem.
Uma
manifestação similar foi convocada para o próximo dia 5. O foco dos protestos é
abrangente, indo desde a oposição a reformas trabalhistas até a abertura do
setor agrícola e os planos de imposição de livros de história, produzidos pelo
governo, nas escolas.
A presidente
sul-coreana, Park Geun-Hye, condenou o protesto de 14 de novembro,
qualificando-o como um esforço para “negar o Estado de Direito” e defendeu
medidas contra aqueles que foram identificados como incitadores à violência.
Ela também
defendeu que o uso de máscaras pelos manifestantes deveria ser proibido,
argumentando que esse é o tipo de prática adotada pelo grupo extremista Estado
Islâmico.
O seu partido,
o conservador Saenuri, apresentou na quarta-feira (25) uma proposta de lei ao
Parlamento para banir as máscaras.
O protesto de
14 de novembro foi liderado pela Confederação de Sindicatos (KCTU) e pela
federação de associações de agricultores, conhecida como Junnong.
O presidente
da KCTU, Han Sang-Kyun, acusado pela polícia de incitar a violência durante o
protesto, refugiou-se no interior de um grande templo budista em Seul, nas
últimas duas semanas.
O ministro da
Justiça da Coreia do Sul instou Han Sang-Kyun a entregar-se, advertindo que
quem quer que o tenha ajudado a escapar da polícia também vai ser detido.
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