Dados do 15º
Censo da População Infantojuvenil Acolhida no Estado do Rio mostram que
diminuiu o número de crianças e adolescentes acolhidos nos abrigos e também o
tempo de acolhimento deles. No primeiro semestre de 2012, o número foi de 2.464
e, na primeira metade deste ano, caiu para 1.983.
Os dados foram
apresentados hoje (6) no 9º Seminário Abandono x Convivência Familiar,
promovido pelo Módulo Criança e Adolescente do Ministério Público do Estado do
Rio.
Para a
subcoordenadora do Centro de apoio Operacional das Promotorias de Infância e
Juventude, Daniela Moreira da Rocha Vasconcello, gestora do módulo, os números
servem de subsídio para o desenvolvimento e escolha das políticas que deverão
ser trabalhadas prioritariamente com os menores nos abrigos.
Segundo
Daniela, a tendência atual é de redução no número de acolhidos e do tempo de
acolhimento nos abrigos se deve a vários fatores, sendo um delas a reintegração
familiar. "Temos trabalhado com a questão e, com relação a isso, muitas
medidas foram adotadas, como, por exemplo, a reintegração familiar, tanto pelo
Poder Judiciário, quanto pelo Ministério Público. Nos abrigos de todo o estado,
os casos vem sendo reavaliados com maior frequência, para que apresentemos ao
jovem propostas que atendam às suas necessidades. Com novas medidas, podemos
também planejar o tempo de saída do adolescente do abrigo", afirmou.
A gestora
destacou que as evasões nos abrigos devem ser ser avaliadas com atenção.
"O número de evasões, principalmente de adolescentes, está alarmante.
Muitos estão no método de “porta giratória”, entrando e saindo muitas vezes.
Isso demonstra que a rede de acolhimento talvez não esteja tão bem preparada
para receber o jovem com a demanda que ele apresenta", disse.
Para evitar as
evasões, o acolhimento de crianças e adolescentes deverá ser feito com um
preparo adequado, com aproximação e investimento para que o jovem e a família
biológica possam aderir às propostas. "Não adianta pegar o jovem e levar
para o abrigo, porque lá não é prisão, ele não é obrigado a ficar lá. Se o
jovem que está em situação de vulnerabilidade não encontrar uma proposta que vá
de encontro aos desejos dele, provavelmente ele não vai aderir a mais
nada", disse.
Com o objetivo
de trabalhar com os menores junto com suas famílias biológicas, a Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social, lança hoje a campanha do Programa Família
Acolhedora (Faco). A divulgação do programa visa aumentar o banco de famílias
acolhedoras através da captação de novos voluntários e,consequentemente,
ampliar o número de vagas para o acolhimento.
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