quarta-feira, 15 de julho de 2015

Prisão a quem prega golpe militar ou comete crimes de ódio


Em artigo publicado em (09.12.2014) na Folha de São Paulo, o professor da USP Vladimir Safatle defende de forma lúcida e correta punição rigorosa (inclusive com cadeia) a quem prega golpe militar no Brasil. Destaca o professor que soa como ironia o fato de às vésperas de se publicar, via Comissão Nacional da Verdade, relatório com os nomes de torturadores e assassinos da época em que generais comandaram governos militares por aqui, meia dúzia saiam às ruas para pedir a volta de um novo golpe militar no país.

"Quem clama por um golpe militar pede, necessariamente, a implementação de um regime de exceção, com assassinatos sistemáticos de Estado contra oponentes, comandado por uma casta militar que fará o que o Brasil nomeará na quarta: a destruição física e simbólica de quem não está acostumado com o silêncio".

Saflate, nesse trecho de seu artigo, além de caracterizar com precisão os defensores do golpismo, refere-se também ao fato de que hoje (quarta, 10.12.2014) é a data marcada para publicação do Relatório com os nomes dos criminosos da ditadura militar brasileira e da descrição de todos os crimes cometidos.

E conclui o professor: "Por isso, quem levanta um cartaz a favor de um golpe militar não pode estar na rua, mas deveria estar ou respondendo a processos por incitação à forma máxima de violência ou diretamente na cadeia". Ler artigo completo do professor

Crimes de ódio

Além dos defensores de golpes militares, há também um bando de fascistas que estão a cometer crimes de ódio no país, em particular pelas redes sociais. Olavo de Carvalho, um dos mentores de Aécio Neves e do PSDB nas eleições presidenciais deste ano, teria chegado ao absurdo de defender em post no seu twiter "que se atire em público na cara de comunistas".

Isto é crime previsto em Lei, algo que pode ser denunciado nas organizações abaixo:

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

SAFER.NET

POLÍCIA FEDERAL

4 comentários:

  1. concordo ..............e uma minoria

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  2. Nós, que estivemos nas ruas nas memoráveis jornadas das Diretas Já, e sabemos o que custou a conquista dessa "porcaria de democracia" não podemos e não deixaremos esses irresponsáveis que não lutaram e não conseguiram nada jogar fora tudo aquilo que conquistamos.

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  3. Uma igualdade na censura às idéias e símbolos nazistas. Esses sistemas de tutela dos servos pela força, são piores, por serem bons caldos de cultivo de psicopatas (o nazismo como ícone) que das falsas democracias. Hoje, o poder e usado por forças opostas aos interesses dos cidadãos revoltando-os, e na ideia do que imagina certo, setores do coletivo, imaginam que na tutela militarizada, as piadas e vícios do sistema presente não se manifestarão, ignorando para piorar, o surgimento de variantes da Gestapo impondo tudo. O uso do poder é arbitrário, mesmo nas ditaduras disfarçadas de democracia, tais os governos atuais. O cidadão é refém sempre; mas no disfarçado de democracia, há esperança após desdobramentos da luta já dando frutos na Justiça, de estabelecer uma reforma com controle direto dos Governos pelos cidadãos e Justiça.

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    1. Concordo, Jorge Bolivar. Uma democracia meramente formal como a nossa ainda é melhor que democracia nenhuma, não pelo que é, mas pelo potencial intrínseco do que pode vir a ser.

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Dag Vulpi

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