Por Elisabeth
Cavalcante
Todos nós, em
algum momento da vida, experimentamos algum tipo de frustração. A frustração é
um sentimento que se desenvolve quando nos vemos privados de uma satisfação que
nos parece legítima, mesmo que às vezes não tenhamos razão.
As causas da
frustração tanto podem ser a ausência de coisas materiais que ambicionamos
possuir, como a presença de um obstáculo exterior para que concretizemos nossos
desejos.
Porém, algumas
vezes vivenciamos uma sensação de proibição interior gerada por causas
psíquicas que derivam de conflitos vivenciados na infância. Estas causas
determinam frustrações mais profundas que, para serem vencidas, exigem um
trabalho de interiorização e investigação a ser feito através de uma terapia
psicológica, para determinar com precisão sua origem.
Muitas vezes a
autoanálise e uma grande capacidade de reflexão pode ajudar-nos a melhor
compreender as razões de nossas frustrações, entretanto, dependendo do grau em
que se desenvolveram, a ajuda profissional é imprescindível.
As pequenas
frustrações do dia-a-dia são, de modo geral, fáceis de serem contornadas.
Entender que nem todos os nossos desejos podem ser satisfeitos é o primeiro
passo para aprendermos a lidar com o sentimento de frustração. Outro fator
importante é adquirir a consciência de que tudo na vida tem o momento certo
para acontecer e nem sempre acontece com a rapidez que desejamos.
Essa
consciência nos ajuda a lidar com as frustrações de forma mais sábia e
equilibrada, uma vez que alcançar determinados objetivos nem sempre depende
unicamente de nós. Muitas vezes, existem outras pessoas envolvidas e precisamos
entender e aceitar que seu tempo de agir é diferente do nosso.
O problema é
quando não conseguimos realizar nossos mais profundos anseios por medo,
insegurança, falta de autoconfiança ou outra limitação interior. Neste caso,
somos tomados por um sentimento de incapacidade que torna o sentimento de
frustração ainda mais intenso.
Estabelecer
claramente as causas de nossas frustrações permite-nos determinar quais aquelas
que dependem unicamente de nossas atitudes para serem combatidas, e agir de
modo a reduzir este sentimento.
A criança e o
adolescente que vivenciam o ego de forma intensa não toleram ver frustrados os
seus desejos e se enraivecem quando isso acontece.
Mas, à medida
que amadurecemos, precisamos aprender, ainda que a duras penas, que nem todos
os nossos desejos podem ser satisfeitos e que as frustrações são parte inerente
da vida adulta. Conseguir encará-las com realismo é um passo essencial para o
nosso crescimento interior.
O importante é
não perder de vista que libertar-se da frustração exige uma atitude de nossa
parte, caso contrário nos tornaremos amargos, mal-humorados e incapazes de
usufruir os bons momentos da vida.
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