O renovado
caso dos EUA com o automóvel está diminuindo as reservas mundiais de paládio,
um metal mais raro do que o ouro.
Embora cada
carro precise de apenas algumas gramas de paládio, a demanda em 2015
provavelmente supere a oferta pelo quarto ano consecutivo, segundo a Johnson
Matthey Plc, fabricante de conversores catalíticos para automóveis que utilizam
o metal para reduzir as emissões daninhas dos escapamentos. As vendas globais
de carros cresceram 3,4 por cento no ano passado, para o recorde de 81,6 milhões
de veículos, disse a Macquarie Group Ltd. em um relatório na semana passada.
Os menores
preços do petróleo em cinco anos e créditos bancários baratos estão ajudando a
prolongar uma recuperação das vendas de automóveis que começou em 2009,
impulsionando a demanda por todo tipo de produto, de conversores catalíticos e
lâminas de alumínio da Alcoa Inc. até pneus da Goodyear Tire Rubber Co. Mesmo depois que os preços do
paládio subiram para seu valor máximo em 13 anos em setembro, o e o Deutsche
Bank AG continuam altistas em relação ao metal porque o setor de autopeças responde
por 70 por cento da utilização do metal.
“O paládio é
um lugar interessante para estar por causa da sua exposição à gasolina”, disse
Scott Winship, gerente de fundos da Investec Asset Management, que supervisiona
cerca de US$ 112 bilhões, em entrevista por telefone de Londres. “A demanda por
carros nos EUA é incrivelmente forte e poderia até mesmo ultrapassar picos
prévios observados por nós antes da crise financeira”
Metal precioso
O paládio, empregado principalmente em veículos movidos a gasolina que dominam
os mercados na América do Norte e na China, está se aproximando de um mercado
baixista após cair 3,8 por cento neste mês, para US$ 767 por onça em Londres. O
Bloomberg Commodity Index caiu 1 por cento em janeiro, após tocar seu valor
mínimo em 12 anos na semana passada. O Bloomberg Dollar Index subiu 1 por
cento, ao passo que o MSCI All-Country Index de ações mundiais recuou 1,4 por
cento.
Taxas de juros
quase zeradas e o fortalecimento do mercado de trabalho estão impulsionando as
vendas de carros nos EUA, que em novembro subiram para uma taxa anualizada de
17,2 milhões de veículos, a máxima desde novembro de 2003, segundo a empresa de
pesquisa Autodata Corp. Em dezembro, a cifra foi um pouco menor, com 16,9
milhões, com base em dados ajustados a tendências sazonais.
A média de
preços da gasolina comum nos EUA despencou 43 por cento nos últimos seis meses,
o menor preço desde abril de 2009, segundo dados da AAA. Os preços do petróleo
bruto colapsaram porque a crescente produção dos EUA agravou uma
superabundância mundial e desencadeou uma guerra de preços entre os
países-membros da OPEP.
A economia da
China está desacelerando, mas as vendas de carros aumentarão o suficiente para
apoiar uma alta nos preços do paládio, segundo Jeremy Baker, que ajuda a
supervisionar cerca de US$ 500 milhões como estrategista sênior de commodities
da Harcourt Investment Consulting AG. O total de envios poderia superar 25,1
milhões de veículos, frente a 23,5 milhões no ano passado, disse neste mês a
Associação de Fabricantes de Automóveis da China.
“Trata-se de
um caso muito altista que vai se desenvolver no longo prazo”, disse Baker em
entrevista por telefone de Zurique. “Há bons motivos para acreditar que o rendimento
do paládio superará o de outros metais preciosos”.
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