Por André Guilherme Vieira e Letícia Casado | Valor
São Paulo e Curitiba
- Os advogados
do presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, solicitaram ao juiz
titular do caso Lava-Jato, Sergio Moro, que se declare impedido de julgar o
caso, cuja competência é da Justiça estadual do Rio de Janeiro, sustenta a
defesa. Pinheiro Filho está em prisão preventiva desde 14 de novembro. Ele é
acusado de fazer parte do suposto “clube” de empreiteiras, cartel de empresas
que se revezaria em contratos com a Petrobras, segundo a acusação.
Em resposta à
acusação criminal, os defensores de Pinheiro alegam não existir “um crime
sequer de competência federal na denúncia do Ministério Público Federal. (...)
nada que seja de interesse da União”, argumentam.
A defesa
solicita também a nulidade do processo, a anulação das escutas telefônicas e
que o juiz Sergio Moro seja declarado “suspeito” de julgar processos envolvendo
o doleiro Alberto Youssef. O termo é empregado quando o magistrado se declara
impossibilitado de julgar um acusado, por motivo pessoal.
Os advogados
juntaram aos autos despacho de 2010 em que Moro se declarou impedido de julgar
Youssef por razão de “foro íntimo”. “Tendo-se declarado previamente suspeito
por motivo de foro íntimo, esse juízo jamais poderia conduzir outro processo em
que estivesse envolvido o corréu e delator Alberto Youssef, muito menos dar
validade a um questionável e imoral acordo firmado com tal cidadão”, argumentam
os defensores.
<p>No
pedido apresentado pela defesa de Pinheiro, os advogados afirmam que Sergio
Moro teria “manipulado” o processo para manter as investigações sob seu comando
e que ele teria agido de modo irregular ao permitir procedimento na Justiça de
primeira instância envolvendo o ex-deputado federal José Janene (PP-PR), em
2006, quando ainda era parlamentar. Como deputado, ele teria direito a ser
processado no Supremo Tribunal Federal (STF). Morto em 2010, Janene é peça
central do quebra-cabeças da Operação Lava-Jato.
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