Apesar
da timidez dos números, o mais fraco para o mês desde 2002, quando houve
superávit de R$ 6,265 bilhões, e a grande possibilidade deles não se sustentarem
nos próximos balanços, em outubro a economia brasileira começou a apresentar
seus primeiros sinais de sobrevida com os R$ 3,729 bilhões apresentados no
primeiro superávit primário do setor público consolidado (governos federal,
estaduais e municipais e empresas estatais), após cinco déficits primários consecutivos.
Os
dados foram divulgados ontem (27) pelo Banco Central (BC) e mostram que, no ano,
o resultado do saldo do superávit primário do setor público consolidado permanece
deficitário em R$ 11,557 bilhões. Em 2013, no mesmo período, havia superávit de
R$ 51,2 bilhões. Em 12 meses encerrados em outubro, o superávit primário no
setor público está em R$ 28,595 bilhões, o equivalente a 0,56% do PIB.
O
superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida
pública e reduzir o endividamento do governo no médio e longo prazos. Neste
ano, a meta para o setor público é 1,9% do PIB.
A
falta de sintonia no trato com o erário entre os governos Federal, governos estaduais,
municipais e empresas estatais, é um dos fatores, talvez o principal, para
justificar os pífios números para o superávit primário que foi apresentado
neste ano, em especial nos últimos cinco meses.
No
mês passado, enquanto o Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência),
e municípios apresentaram superávit de R$ 4,9 bilhões e de R$ 759 milhões, os
governos Estaduais e as empresas estatais excluindo Petrobras e Eletrobrás, registraram
déficits de R$ 1,499 bilhão e R$ 434 milhões. Porém, quando a análise é feita
sobre os números dos últimos dez meses somente as prefeituras conseguiram superávit
de R$ 5,324 bilhões, neste mesmo período, o Governo Federal apresentou um
déficit primário de R$ 14,567 bilhões; e os estaduais, déficit de R$ 5 bilhões.
Os
gastos com os juros que incidem sobre a dívida chegaram a R$ 21,5 bilhões, em
outubro, e acumularam R$ 230,7 bilhões, nos dez meses do ano. Com isso, o
déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, ficou
em R$ 17,8 bilhões, no mês passado, e em R$ 242,2 bilhões, de janeiro a
outubro.
Tem que matar um leão a cada dia.
ResponderExcluirVerdade!!! To confiante... Sem playboy vai da certo
ResponderExcluirSempre lúcido, claro e sensato. O texto discorre com fluidez e delineamento elegante. Dagmar Vulpi, estou me tornando seu fã.
ResponderExcluirFico lisonjeado com seu comentário meu caro Marcos Taga. Muito obrigado pelo carinho.
ResponderExcluir