O
Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no
país, cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o período
anterior. A soma do PIB no trimestre correspondeu a R$ 1,29 trilhão. No segundo
trimestre, a economia brasileira caiu 0,6%. Os dados foram divulgados hoje (28)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na
comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a economia brasileira recuou
0,2%. No ano, o PIB acumula alta de 0,2%. Já no período de 12 meses, a taxa
acumulada de crescimento é de 0,7%.
Na
comparação do terceiro com o segundo trimestre deste ano, entre os setores
produtivos da economia, a principal alta foi observada na indústria:
1,7%. Os serviços também tiveram crescimento (0,5%). Por outro lado, a
agropecuária recuou 1,9%.
Pelo
lado da demanda, o crescimento de 0,1% foi puxado pela formação bruta de
capital fixo, ou seja, os investimentos, e pela despesa de consumo do governo,
ambos com alta de 1,3%. O consumo das famílias caiu 0,3%.
No
setor externo, as exportações tiveram um crescimento menor (1%) do que as
importações (2,4%).
O
Ministério da Fazenda avalia que o aumento de 0,1% do PIB no terceiro trimestre
na comparação com o trimestre anterior mostra que a economia entrou em processo
de retomada do crescimento econômico, embora em ritmo ainda modesto. O
ministério destacou também, por meio de nota, a expansão de 1,7% da indústria e
de 1,3% dos investimentos.
“Os
indicadores antecedentes e coincidentes sinalizam a continuidade dessa
trajetória de melhora no quarto trimestre. A retomada do investimento é
fundamental para que o crescimento econômico se acelere e tenha sustentação ao
longo do tempo”, informa a nota.
Outro
destaque, informou o ministério, é que a queda de 1,9% na agricultura no
terceiro trimestre foi provocada basicamente pela seca prolongada, que afetou
importantes culturas, como a de cana-de-açúcar e a de café.
Na
avaliação do ministério, é importante mencionar que a demanda interna mostrou
enfraquecimento no terceiro trimestre, situação expressa na queda de 0,3% do
consumo das famílias, que reflete a escassez de crédito em um ambiente de
restrição monetária para combater a inflação. “É importante destacar que o
crédito começa a dar sinais de melhora, mas ainda está aquém do necessário para
levar a taxa de crescimento do consumo das famílias para uma situação de
normalidade.”
Outro
destaque na nota é para o baixo desemprego no país, com a menor taxa de
desemprego da série histórica (4,7% em outubro) e para a continuidade do
aumento da renda dos trabalhadores. Para o ministério, isso significa que a
massa salarial continuou crescendo, mas o desempenho do mercado interno tem
sido contido pela falta de crédito.
“O
bem-sucedido desempenho do mercado de trabalho brasileiro é resultado da
estratégia de política econômica anticíclica, que mitigou os impactos da
desaceleração econômica mundial e doméstica sobre os trabalhadores”, diz a
nota.
O
ministério destaca ainda que a economia brasileira apresenta fundamentos
macroeconômicos sólidos e tem todas as condições para apresentar, no quarto
trimestre e em 2015, crescimento mais intenso, garantindo e ampliando as conquistas
sociais, em especial da população trabalhadora e de menor renda.
Da
Agência Brasil
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