PSDB acusa estatal de não ter entregado material de campanha em MG.
Wagner Oliveira classificou denúncias de 'descabidas' e 'inverídicas'.
O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, negou nesta
quinta-feira (2) o uso político da empresa para favorecer a campanha da
presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. A estatal vem
sendo acusada pelo PSDB de ter deixado de entregar correspondências da campanha tucana em municípios mineiros.
Durante coletiva de imprensa em Brasília para contestar as denúncias contra os Correios, Wagner Oliveira classificou as acusações do PSDB de ‘”descabidas” e “inverídicas”.
Durante coletiva de imprensa em Brasília para contestar as denúncias contra os Correios, Wagner Oliveira classificou as acusações do PSDB de ‘”descabidas” e “inverídicas”.
Segundo ele, o departamento jurídico da estatal estuda as medidas
judiciais cabíveis contra a coligação do presidenciável Aécio Neves
(PSDB), que classificou como "crime" o suposto favorecimento à candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT), que chamou o caso de "absurdo".
O presidente dos Correios convocou a cúpula da direção executiva da
estatal para participar da entrevista. Além dele, estavam presentes o
chefe de gabinete e mais oito vice-presidentes da empresa.
“A candidatura está atacando a imagem institucional dos Correios,
tentando manchar a imagem dos Correios”, disse o presidente. “Tenho
tranquilidade e certeza absoluta de que não houve prática de crime
eleitoral”, completou.
Na quarta-feira, a coligação do candidato do PSDB à Presidência da
República, Aécio Neves, informou que vai acionar o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Minas Gerais
para apurar denúncias
sobre material da campanha tucana que teria deixado de ser entregue.
Nesta quinta, a campanha de Aécio afirmou que, de um lote com 5,6
milhões de correspondências, 16% não haviam sido entregues pelos Correios até 22 de setembro.
Wagner Oliveira negou que tenha havido extravio de correspondências. Segundo ele, parte do material que o PSDB diz não ter sido entregue pode ter tido o recebimento recusado pelo destinatário. A outra possibilidade, de acordo com o presidente, é que algumas entregas não tenham sido feitas porque o destino final eram estabelecimentos comerciais, tipo de domicílio não contratado pelo serviço.
Wagner Oliveira negou que tenha havido extravio de correspondências. Segundo ele, parte do material que o PSDB diz não ter sido entregue pode ter tido o recebimento recusado pelo destinatário. A outra possibilidade, de acordo com o presidente, é que algumas entregas não tenham sido feitas porque o destino final eram estabelecimentos comerciais, tipo de domicílio não contratado pelo serviço.
Vídeo na internet
Wagner Oliveira também comentou, durante a entrevista coletiva, o vídeo que circula na internet em que um homem com roupa de carteiro distribui folhetos da campanha de Dilma Rousseff.
Wagner Oliveira também comentou, durante a entrevista coletiva, o vídeo que circula na internet em que um homem com roupa de carteiro distribui folhetos da campanha de Dilma Rousseff.
Segundo ele, os Correios apuram se o homem é mesmo carteiro. Caso fique
confirmado que ele é funcionário, os Correios vão investigar a rota do
dia em que o vídeo foi feito e se havia alguma irregularidade na
conduta.
De acordo com o presidente da estatal, possivelmente o carteiro estava
fazendo entregas via mala direta, serviço de divulgação em que um mesmo
material é encaminhado para vários destinatários.
“Pelo vídeo – eu também só vi o vídeo –, tudo indica que há entrega
domiciliar não endereçada”, disse. “Esse é o procedimento: deve ser
entregue para qualquer domicílio residencial e ou comercial. Parece que
ele está cumprindo o papel dele”, disse o presidente.
Origem do caso
As acusações do PSDB contra os Correios começaram a ser feitas na terça-feira, após a divulgação de um vídeo pelo site do jornal "O Estado de S.Paulo". O vídeo mostra uma reunião com dirigentes dos Correios em Minas Gerais, onde o deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) afirma que a presidente Dilma Rousseff só chegou a 40% das intenções de votos no estado porque "tem dedo forte dos petistas dos Correios".
As acusações do PSDB contra os Correios começaram a ser feitas na terça-feira, após a divulgação de um vídeo pelo site do jornal "O Estado de S.Paulo". O vídeo mostra uma reunião com dirigentes dos Correios em Minas Gerais, onde o deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) afirma que a presidente Dilma Rousseff só chegou a 40% das intenções de votos no estado porque "tem dedo forte dos petistas dos Correios".
Em outro momento, Durval Ângelo, um dos coordenadores da campanha de
Fernando Pimentel ao governo de Minas, pede ao presidente dos Correios,
Wagner Pinheiro, que informe à direção nacional do partido sobre "a
grande contribuição que os Correios estão fazendo" nas campanhas. O
vídeo não deixa claro qual é a "grande contribuição" que a estatal
estaria fazendo.
O presidente dos Correios negou que a empresa mobilize os funcionários
para campanha eleitoral. “Os Correios não mobilizam funcionários para
nenhuma campanha. Os cidadãos se organizam livremente e fazem campanha” ,
rebateu Oliveira.
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