Henrique Alves
lembrou que o partido impediu a tramitação de uma proposta elaborada por
diferentes partidos
Fernando Diniz
Direto de Brasília
O presidente
da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), alfinetou o PT nesta
terça-feira ao ser questionado sobre a proposta de uma reforma política. O
peemedebista lembrou que o partido dificultou uma proposta construída por
diferentes partidos após os protestos de junho do ano passado e disse que a
reforma não pode ser "apenas um discurso".
“Aquela
proposta está pronta, feita por 13 ou 14 partidos, pronta para ser votada, e na
CCJ, com uma obstrução feita pelo PT, impediu que ela fosse votada. Então não é
apenas o discurso de fazer, é tomar posição, para perder ou para ganhar”, disse
Alves.
No ano
passado, um grupo de trabalho coordenado pelo deputado Cândido Vaccarezza
(PT-SP) definiu uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acabava com a
reeleição, mantinha os mandatos em quatro anos e institui o voto facultativo no
País.
O líder do
governo na Casa, Henrique Fontana (PT-RS), disse ser contrário à PEC por
"constitucionalizar" o financiamento privado de campanha, que já foi
considerado inconstitucional pela maioria do Supremo Tribunal Federal (STF), em
um julgamento ainda não concluído. "Essa é uma PEC para consolidar os
problemas mais sérios que o sistema brasleiro tem hoje", disse.
Henrique Alves
também se mostrou contrário à realização de um plebiscito para que a população
decida sobre as novas regras. Segundo ele, os parlamentares recém eleitos têm
legitimidade de trabalhar na reforma política. Ele concordou com o presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que propôs a validação posterior das
novas regras em um referendo.
“Estamos com
um parlamento recém saído das urnas, com representantes legítimos pelo voto
popular para fazer exatamente isso. Cuidar do que não foi possível até agora de
uma reforma política e que seja submetido amanhã a um referendo”, disse.
Via Terra
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