Iolando Lourenço - da Agência Brasil
A
bancada do PMDB na Câmara dos Deputados está dividida em relação às
duas candidaturas à Presidência da República. Parte da bancada declarou ontem (8) que apoia a candidatura de Aécio Neves (PSDB), enquanto outros
parlamentares mantêm o apoio à chapa encabeçada pela presidenta Dilma
Rousseff, que tem como vice o presidente do PMDB, Michel Temer.
O
líder do partido, deputado Eduardo Cunha (RJ), reuniu-se hoje com a
bancada para uma avaliação sobre o processo eleitoral e para integrar
deputados em atuação com os recém-eleitos., que assumirão suas cadeiras
dia 1º de fevereiro do ano que vem. O líder disse que a bancada não iria
tomar nenhuma posição sobre apoios, até porque o partido deliberou isso
na Convenção Nacional. "Quando a convenção decidiu desse jeito, já foi
com a premissa de que aqueles que não concordassem poderiam seguir seu
caminho", disse ele.
“Não tem sentido a bancada fazer deliberação
que vá contra a convenção”, disse Eduardo Cunha. Segundo ele, na
convenção houve uma liberalização para permitir que quem quisesse optar
por qualquer tipo de caminho em seus estados, poderia fazê-lo. O líder
disse que a divergência na bancada sobre apoios era conhecida do
presidente Michel Temer e ele sempre tratou isso com a maior
naturalidade.
De acordo com Eduardo Cunha, a decisão da Convenção
Nacional, que apoiou a coligação com o PT, não foi unânime, e as
divergências já eram conhecidas. Em relação a posição manifestada na
reunião, o líder disse que a bancada está equilibrada no apoio a Aécio e
Dilma. “Eu diria que a posição da bancada está equilibrada, com um
pouco mais de tendência para o Aécio, mas está equilibrada."
Ao
sair da reunião, o deputado Darcísio Perondi (RS) disse que a maioria
dos deputados presentes falou que irá apoiar Aécio Neves no segundo
turno, por questões programáticas. Perondi informou que amanhã (9) o
candidato do PMDB no segundo turno no Rio Grande do Sul, Ivo Sartori,
vai anunciar o apoio à candidatura de Aécio Neves. As maiores
reclamações dos deputados que disseram apoiar o tucano é que o PMDB não
teve tratamento adequado do PT nesses anos de governo.
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