Não existiu
depoimento na quarta, não existiu retificação’, diz Basto
POR O GLOBO
BRASÍLIA - O
advogado Antonio Figueiredo Basto negou nesta quinta-feira (30/10) que tenha
ocorrido um segundo depoimento de seu cliente, o doleiro Alberto Youssef, no
âmbito da delação premiada. Segundo Basto, na semana passada ele foi ouvido
apenas na terça-feira, dia 21, sem qualquer retificação no dia seguinte,
diferentemente do que publicou O GLOBO na edição de quarta-feira. Em sua última
edição, a revista “Veja” informou que Youssef dissera no depoimento de
terça-feira que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula sabiam dos
desvios de dinheiro de obras da Petrobras para partidos políticos.
Antes disso, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, afirmara em depoimento à Justiça Federal de Curitiba que o esquema beneficiava três partidos políticos — PT, PMDB e PP.
Basto explicou
que participam dos depoimentos a Procuradoria Geral da República, delegados da
Polícia Federal e agentes, além de um advogado de defesa, que não faz
perguntas. Segundo ele, o advogado apenas confere os documentos produzidos e as
assinaturas.
— Não existiu
depoimento (de Youssef) na quarta, não existiu retificação, e os advogados não
se manifestam — afirmou.
O advogado
disse que os depoimentos de Youssef têm sido valiosos para a Justiça e que há
muitos interesses, econômicos e políticos, para que a investigação não dê
certo. Lembrou ainda que no depoimento à Justiça Federal de Curitiba seu
cliente havia afirmado que não era o responsável pelo esquema, que estava muito
acima dele e do ex-diretor Costa. Ele defendeu investigação sobre os
vazamentos.
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