Eduardo Campos, candidato do
PSB à Presidência, participa de sabatina na sede da CNI, em Brasília, nesta
quarta.
Do Brasil Post
Em
sabatina organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta,
o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB), afirmou que uma renovação
política é fundamental para que se façam as mudanças necessárias para o
desenvolvimento da indústria brasileira. Campos atacou a condução da política
econômica do governo Dilma, especialmente em relação a ações de curto prazo,
como incentivos a setores específicos, maquiagem fiscal e indicação de cargos
em ministérios e agências reguladoras.
O
pernambucano voltou a levantar a bandeira da independência do Banco Central,
que classificou como gesto necessário para recuperar a confiança que o Brasil perdeu
no mundo nos últimos anos. Campos criticou o atual sistema político, de
presidencialismo de coalizão, e chegou a dizer que “o Brasil não precisa de
mais quatro anos de Sarney, de Collor, de Renan". Ele afirmou que seus
oponentes na disputa ao Palácio do Planalto não são capazes dessa mudança.
“Respeito a presidente Dilma e o candidato Aécio Neves. Conheço a trajetória de
vida dos dois, mas a vida são as nossas circunstâncias e as circunstâncias que
cercam Dilma e Aécio são circunstâncias de conservar a velha política
brasileira, que já faliu”.
No
plano na infra-estrutura, Campos afirmou que o investimento no setor deve subir
dos atuais 2,5% do PIB para em torno de 3,5% e 5% e que o empecilho central é
má gestão, especialmente quanto à falta de regulação e de recursos no orçamento
da União, que depende de poupança externa e da poupança interna privada. O
presidenciável defendeu concessões e Parcerias Público Privadas (PPPs) e
criticou o receio quanto às privatizações nos governos petistas. “Enquanto
governa um país de sistema capitalista o preconceito com o lucro mata o
investimento, o investimento não vem e mata crescimento e prosperidade”.
Campos
prometeu não aumentar a carga de impostos no brasil e disse que enviará
proposta de reforma tributária ao Congresso Nacional na sua primeira semana de
governo “Vou tomar conta da articulação pessoalmente e entrará em vigor em
alguns aspectos imediatamente”, declarou. Ele defendeu a simplificação do
sistema, eliminação completa de comutatividade, desoneração completa das
exportações e unificação do Impostos de Valor Agregado (IVA), com recolhimento
dos tributos no destino.
Em
relação à flexibilização das leis trabalhistas, Campos foi mais ponderado. “A
minha história não permite que como Presidente da República se retire direitos
da classe trabalhista, mas é possível fazer diálogo entre empresários e
trabalhadores”. Ele admitiu o impacto dos custos de trabalho nos balanços das
empresas e a importância de discutir um marco regulatório da terceirização. O
candidato disse que não é normal o Brasil ter índices baixos de desemprego
formal e gastar R$ 50 bilhões em seguro-desemprego. Ele reforçou a importância
de garantir segurança jurídica, premiação, remuneração variada e valorização
das negociações coletivas.
Educação
e inovação
Campos
classificou como apartheid a divisão de escolas entre classes sociais no país.
“É preciso acabar com apartheid que há hoje entre escola do rico e escola do
pobre, enquanto tivermos isso não teremos país justo”. Ele prometeu a
implantação de educação integral em todos os municípios brasileiros e citou o
exemplo de seu governo em Pernambuco, que hoje tem mais alunos nessa modalidade
de ensino do que os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro juntos,
segundo o ex-governador.
O
candidato também admitiu retrocesso no percentual de investimento em pesquisa e
inovação em relação ao PIB e lembrou que não obteve sucesso ao tentar
implementar a Lei de inovação quando foi Ministro de Ciência e Tecnologia do
governo Lula. Ele defendeu a criação de incentivos para destravar a questão,
mas não detalhou os projetos.
O
evento foi uma forma de possibilitar que os candidatos respondessem às
propostas apresentadas pela CNI na segunda-feira. A confederação publicou o
documento "Propostas da Indústria para as Eleições 2014" com 42
estudos e recomendações sobre os principais temas da agenda da indústria para o
desenvolvimento do pais, sendo os pontos principais tributação, relações de
trabalho e infra-estrutura. As propostas são:
-
Na área tributária, fim da cumulatividade de impostos, desoneração dos
investimentos e das exportações;
-
Nas relações de trabalho, regulamentação e reconhecimento da negociação
coletiva;
-
Em infra-estrutura, aumento do investimento de R$ 73 bilhões por ano, o
equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 5% do PIB, que seria de
R$ 175 bilhões por ano. Também propõe aumento da qualidade de licitações,
construção de banco de projetos, obrigatoriedade de projetos basicos detalhados
e licenciamento ambiental prévio de grandes projetos, aperfeiçoamento do Regime
Diferenciado de Contratação (RDC) e aumento da participação do setor privado
por meio de concessões e Parceiras Público Privadas (PPPs).
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