Polícia
Federal e investigadores suíços acreditam que Alstom e Siemens usaram empresas
fantasmas domiciliadas em Montevidéu para pagar propina a funcionários das
estatais de trem e metrô de São Paulo; em um dos casos, a multinacional alemã
cita supostas consultorias da Gantown e da Leraway, em abril de 2000, relativas
à implantação da Linha 5 (Lilás) do Metrô; ex-diretor da multinacional Siemens
Everton Rheinheimer afirma que houve suborno de 9% no contrato de R$ 1,57
bilhão
A Polícia
Federal identificou três empresas uruguaias de fachada, contratadas pela Alstom
e pela Siemens para dar consultoria sobre projetos do Metrô e da Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Elas podem ter sido usadas para pagar
propina a agentes públicos das estatais de São Paulo dentro do esquema do
cartel.
Reportagem de
Fernando Gallo, do Estado de S. Paulo, afirma que Gantown, a Leraway e a GHT
Consulting estão domiciliadas em Montevidéu onde funciona o escritório Guyer y
Regules, especialista em criar sociedades anônimas. Elas fazem parte de uma
lista de empresas que o Ministério Público da Suíça atribui aos consultores
Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira. Arthur foi indiciado pela Polícia Federal no
inquérito do cartel, suspeito de intermediar as propinas.
Três
secretários do governo do Estado são citados como destinatários do suborno: o
chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, o secretário de Energia, José Aníbal e o
hoje secretário do Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM).
Segundo o
Ministério Público suíço, a Alstom firmou, em 1999, contratos de consultoria
com a Gantown e a GHT Consulting para fornecer 129 composições à CPTM.
A Siemens
também usou o suposto serviço em abril de 2000 para consultoria relativa à
implantação da Linha 5 (Lilás) do Metrô.
O negócio em
questão foi subornado segundo depoimento do ex-diretor da multinacional Siemens
Everton Rheinheimer. Ele afirma que as empresas suspeitas cartel pagaram 9%
para fornecer trens à linha 5 do Metrô, um contrato de R$ 1,57 bilhão, em
valores atualizados.
No total, o
esquema montado em governos tucanos em São Paulo, desde a gestão de Mario Covas
(1998), pode ter pago mais de R$ 197 milhões em propina.
Três
secretários do governo Geraldo Alckmin (PSDB) são citados como destinatários do
suborno: o chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, o secretário de Energia, José
Aníbal e o hoje secretário do Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM).
Leia aqui reportagem
do Estado de S. Paulo sobre o assunto.
Do Brasil 247
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