Elano foi apresentado nesta segunda-feira no Ninho do Urubu (Foto: Thales Soares) |
Em sua
apresentação, meia ex-Grêmio lembra encontro com maior ídolo do clube durante a
visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro no ano passado
Por Thales
Soares – GE
Para Elano, chegar ao
Flamengo foi coisa do destino. Desde a relação com o massagista Deni, que
também trabalha para a seleção brasileira, até um encontro inesperado com Zico
diante do Papa Francisco. Os dois mexeram com o jogador em momentos diferentes,
colocando o clube em seu futuro. Nesta segunda-feira, ele foi apresentado
oficialmente, vestiu a camisa e se sentiu em casa.
Aos 32 anos, Elano foi contratado pelo Fla por um ano de empréstimo depois de uma passagem pelo Grêmio na qual não conseguiu apresentar seu futebol. Nada que mude sua confiança.
- Nasci para jogar em time grande - afirmou Elano.
O jogador já começou a treinar com o grupo e se considerou à vontade no novo time. Sem pensar em histórias do passado ou nas dificuldades que enfrentou, Elano tem apenas uma certeza.
- Será um grande ano.
Confira na
íntegra a coletiva de apresentação de Elano:
Chegada
- É a primeira vez em que tenho a oportunidade de jogar no Flamengo e viver no Rio de Janeiro. É um privilégio fazer parte deste time que acabou de ser campeão e ajudar como sempre quis. Tenho um grande objetivo pessoal para buscar junto com uma equipe campeã. Apesar de jovem, encontrei uma rapaziada muito comprometida. Estou muito feliz. Cheguei aqui há três dias e tem sido muito legal. A recepção foi muito legal. Já percebei que o entrosamento fora do campo é maravilhoso e tem tudo para dar certo.
Experiência
- Vou procurar ajudar, passar as coisas mais simples do futebol. Em toda a minha carreira, procurei não inventar muito. Sempre quis ser útil como atleta e como amigo fora do campo. Esses dias aqui foram muito positivos. Fiz meu primeiro treinamento com bola e estou muito feliz. Quero ser referência dentro e fora de campo. Tem um cara que é o Leonardo Moura, do bem. Venho para colaborar e ajudar. O mais importante é o resultado dentro do campo. Vou procurar o melhor para mim e para o Flamengo.
Seleção brasileira
- Nunca está fechada para ninguém. Sei bem, tenho 68 convocações. Nunca vou desistir. Não tive um ano tão bom não por minha causa. Tinha condições plenas. Não poderia ter sido uma escolha melhor. Se começar bem, fizer uma grande Libertadores, eu e outros jogadores do Flamengo teremos condições de jogar a Copa do Mundo.
Comparação com Elias
- Elias é volante e eu sou meia. Ele é mais defensivo e eu sou ofensivo. Me aproximo mais do centroavante, dos atacantes. Treinamos juntos na seleção brasileira, ele como volante e eu como meia. Fez bastante a diferença e ajudou o Flamengo a conquistar a Copa do Brasil. A torcida está triste com a saída dele.
Morar
no Rio
- O Rio de Janeiro oferece tudo de bom e positivo que você possa fazer. Estou muito feliz. Minha filha me cobra todo dia que quer vir ao Rio. Uma de oito e outra de cinco querem conhecer o Cristo. Estamos em busca de uma residência para que possa estar com todo mundo. Além de estar em um grande clube, vou morar em uma das melhores cidades do mundo. Meu primeiro objetivo é a melhora minha como atleta com as conquistas do Flamengo.
2013 para 2014
- O que aconteceu ano passado foi que o Renato colocou três zagueiros e três volantes e deu certo. Respeito, não vejo como maldade. Não tenho problema com o que aconteceu, mas não me faz feliz ficar no banco. A possibilidade do Flamengo aconteceu há quatro dias. Não pensei. Precisava de um grande objetivo na minha vida e está acontecendo. Tem tudo para ser um grande ano, mas sei das minhas responsabilidades no Flamengo.
Recepção
- Tem duas providências de Deus na minha vida. A primeira foi o Deni, massagista há 30 anos no Flamengo, que falava que um dia eu jogaria aqui. E a última vez que vim ao Rio foi na visita do Papa e quem estava do meu lado era o Zico entregando uma camisa do Flamengo. Ele disse 'não está a fim de vestir essa camisa?'. Eu respondi que se fosse a vontade de Deus aconteceria. Agradeço. Não é para qualquer um com 32 anos estar no Flamengo com possibilidade de fazer o melhor. Por isso aceitei esse desafio. Com 15 anos de carreira, sei o que posso e não posso. Quero muito fazer muita coisa no campo para ajudar o Flamengo.
Imagem
do Fla
- A gente vê de fora algumas boas e outras ruins. Faz parte do futebol, mas não vê o que acontece. Posso confirmar o que estou presenciando. Estou gostando para caramba. Sou muito interiorano e a maneira que encontrei aqui de treinar está sendo muito positiva. O que mais posso pedir para Deus é trabalhar para fazer o meu melhor. Agradeço ao torcedor pelas mensagens positivas. Cabe a mim trabalhar e fazer o melhor. A torcida sempre estará ao lado de todos.
Desafio
e pressão
- Eu venho preparado porque antes de fechar qualquer coisa a gente procura analisar o que vai encontrar, pensar prós e contras. Acho que minha carreira é brilhante porque não fujo das minhas responsabilidades. Nos momentos mais difíceis foi por um erro e assumo. Nasci para jogar em time grande. Minha carreira foi assim. Estou no lugar certo. Determinação e raça não vão faltar.
Parceria com Léo Moura
- Junto com ele, vou aprender. Ele tem mais tempo de casa e vou procurar informações, porque no futebol para ser campeão precisa ter um grupo com o mesmo pensamento, sem problemas. O futebol está muito nivelado. O Léo tem nove anos de caso. Vou ficar junto com ele na direita e fazer o melhor.
Cavadinha contra o Fla
- Estou
do lado dele no ônibus. Já brinquei com ele, mas não posso dizer o que falei
com o Felipe (risos).
Robinho no Flamengo?
- A coisa mais fácil é falar com Robinho. A mais difícil é falar sério. Imagina eu falando de negócios com ele. Nem gosto de falar com meus amigos de negócios, pois não vou resolver nada.
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