segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Reforma ministerial deve ser feita em duas etapas



Reforma ministerial deve ser feita em duas etapas

Isso porque o ex-presidente Lula defende a estratégia de nomear políticos aliados para assumir algumas pastas que ficarão vagas com a saída de ministros que devem disputar as eleições em 2014, como Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Alexandre Padilha (Saúde) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento); ideia da presidente Dilma Rousseff agora é fazer uma primeira pequena mudança em janeiro e a segunda, maior, em março ou abril; um dos objetivos é segurar a base para que siglas não passem a apoiar Eduardo Campos e Marina Silva (PSB)
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    Se antes a expectativa era de que a reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff ocorresse até janeiro, espera-se agora que as trocas aconteçam em duas etapas, e se estendam até meados de abril. Pelo menos 13 ministros devem deixar suas pastas para disputar cargos, principalmente de governador, nas eleições de 2014. O limite para a saída é seis meses antes do pleito, que acontece em outubro.

    A mudança no plano acontece após a defesa, pelo ex-presidente Lula, de que se nomeie aliados políticos em alguns dos ministérios que devem ficar vagos. A presidente ganha então mais tempo para articular com partidos da base aliada, de quem irá analisar as indicações para os cargos e quem formará o grupo de apoio à candidatura à reeleição ao Palácio do Planalto da candidata do PT.

    A estratégia é segurar as siglas que hoje compõem a base de sustentação do governo no Congresso, lutando para que elas não se sintam insatisfeitas e passem a apoiar o ex-aliado petista e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e sua nova parceira Marina Silva. Uma reforma menor deve ser feita primeiro, em janeiro, e outra, movimentando cerca de dez nomes, aproximadamente dois meses depois.

    Assessores da presidente afirmam que a petista tem consciência sobre o fato de que a demora para realizar a reforma causa atritos na base. Alguns exemplos de aliados que querem indicar seus filiados às pastas são o PMDB, que escolheu o nome do senador Vital do Rêgo (PB) para o ministério da Integração, e o PDT, que almeja o cargo de titular do Trabalho, mas corre o risco de ficar sem o posto caso não anuncie logo apoio a Dilma.

    Alguns critérios para que os ministros saiam antes ou depois do Executivo nacional têm relação direita com as eleições. A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), por exemplo, que pretende disputar o governo do Paraná, deve deixar o cargo antes para se dedicar à campanha e se defender dos ataques que têm recebido do tucano Beto Richa. Já o titular da Saúde, Alexandre Padilha, deve ficar mais tempo no governo, uma vez que é pouco conhecido em São Paulo, onde concorrerá pelo cargo do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Semanas a mais à frente do programa Mais Médicos garantirá mais visibilidade ao petista.

    Outros ministros cotados para sair da equipe de Dilma Rousseff são o do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que lançará seu nome ao governo de Minas Gerais no ano que vem, Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais e possível candidata em Santa Catarina, Marco Crivella (Pesca e Aquicultura), no Rio de Janeiro, e Gastão Vieira (Turismo), que deve disputar mais um mandado de deputado federal.

    Além desses, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, tem convites para atuar na área internacional e já conversou com Dilma para sair até janeiro, apesar de nada estar confirmado oficialmente ainda. Os titulares da Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, também deverão deixar os seus postos na reforma.
  • Por: Brasil 247

    Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/122667/Reforma-ministerial-deve-ser-feita-em-duas-etapas.htm

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