Por Antony
Mueller
Os países
emergentes caem na armadilha de renda média porque, em vez de abraçar o
capitalismo inovador, acabam ficando presos a um sistema econômico estatista e
arcaico. Não é raro que a velha elite passe a explorar o medo da
população em relação à "tempestade perene da destruição criativa" (Schumpeter)
do capitalismo dinâmico.
Porém, ao
renunciar à destruição criativa, esta economia em desenvolvimento também acaba
por rechaçar a prosperidade, e passa alimentar a ilusão de que é possível
enriquecer dentro de um sistema estático. Na realidade, os países em
desenvolvimento que permanecem com um capitalismo de estado não apenas não
ganham prosperidade, como também perdem a estabilidade quando inevitavelmente
descambam no círculo vicioso do declínio econômico, o que faz com que o sistema
político comece a oscilar entre o autoritarismo e o populismo. Vide
Argentina e Venezuela, por exemplo.
O
desenvolvimento econômico é uma corrida de maratona com obstáculos. O
primeiro obstáculo consiste em saber superar a barreira que surge quando a
baixa renda passa a limitar a poupança e os investimentos, e consequentemente a
acumulação de capital. O segundo grande obstáculo é a armadilha
malthusiana, que ocorre quando a população aumenta, mas a renda per capita não
sobe. Foi a Revolução
Industrial quem quebrou este padrão da estagnação. Parte do
mundo saiu da armadilha da pobreza. Com o avanço da Revolução Industrial
a taxa de reprodução diminuiu ao passo que a produtividade econômica aumentou.
A armadilha malthusiana desapareceu com a transição demográfica e
pavimentou o caminho para um grande aumento dos níveis de renda.
Um pequeno
grupo de países pioneiros liderou este permanente processo de inovação.
Sucessivas revoluções industriais durante os últimos dois séculos levaram a
ganhos cada vez maiores de produtividade. No entanto, enquanto um grupo
de economias prosperou muitas outras ficaram para trás. Leia mais...
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