A alemã Christiane também é blogueira da revista Stern, a mesma que divulgou sua história ao mundo. Foto: Reprodução/Facebook |
Alemã revisita
sua história de viciada em heroína e prostituída aos 12 anos nas ruas de Berlim
Drogada,
prostituída e cultuada, a identidade que lançou ao mundo a história de uma
alemã que fez de tudo para esquecer seu passado voltou com força à mídia em
2013, como se quisesse de alguma forma revisitar o tempo. "Depois de 35
anos ainda não estou morta, estou viva. Ninguém acreditaria que eu
chegaria aos 50 anos", afirma.
Aos 51 anos,
Christiane Vera Felscherinow, ou simplesmente Christiane F., lançou um livro para
contar aos milhares de fãs espalhados pelo mundo o que fez da vida
desde que o sonho de se tornar uma estrela foi por água abaixo porque ela
não havia conseguido se livrar do vício em heroína. Com a ajuda de uma
jornalista, Christiane agora também é blogueira da
revista Stern, a mais importante da Alemanha. E possui um perfil no Facebook com quase 30 mil fãs.
A história da
garota que começou a se drogar nas ruas de Berlim aos 13 anos, em
1975, chamou a atenção de dois jornalistas que tornaram a história
mundialmente famosa primeiro publicando a entrevista na mesma Stern e,
depois, no livro "Eu, Christiane F., drogada e prostituída", um
libelo antidroga e especialmente contra a heroína, que então começava a se
tornar moda nas principais cidades europeias.
O livro narra
a experiência da menina, que dos 12 aos 15 anos perambulou por estações de
metrô e quarteirões escuros da cidade alemã atrás de clientes que sustentassem
seu vício. A história virou uma febre mundial, e Christiane se transformou
numa celebridade. Até hoje ela ainda recebe mensalmente royalties de cerca
de R$ 7 mil exclusivamente pelas vendas do livro.
Em 1981, sua
história foi levada ao cinema. Christiane atuou ativamente nas
gravações, mas sempre atrás das câmeras, como consultora. A experiência em
Hollywood a fez acreditar que poderia mudar de vida: tentou seguir a
carreira musical, mas nunca conseguiu deixar as drogas e naufragou.
É a partir daí
que ela retoma a narrativa de sua história no livro "Minha segunda vida",
lançado em outubro na Alemanha em parceria com Sonja Vukovic, que compilou
mais de 400 horas de entrevistas com a personagem, que hoje participa de
campanhas antidroga na Alemanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi