sábado, 14 de dezembro de 2013

Com livro, blog e perfil no Facebook, Christiane F. sai da sombra aos 51 anos

A alemã Christiane também é blogueira da revista Stern, a mesma que divulgou sua história ao mundo. Foto: Reprodução/Facebook
Alemã revisita sua história de viciada em heroína e prostituída aos 12 anos nas ruas de Berlim

Drogada, prostituída e cultuada, a identidade que lançou ao mundo a história de uma alemã que fez de tudo para esquecer seu passado voltou com força à mídia em 2013, como se quisesse de alguma forma revisitar o tempo. "Depois de 35 anos ainda não estou morta, estou viva. Ninguém acreditaria que eu chegaria aos 50 anos", afirma.

Aos 51 anos, Christiane Vera Felscherinow, ou simplesmente Christiane F., lançou um livro para contar aos milhares de fãs espalhados pelo mundo o que fez da vida desde que o sonho de se tornar uma estrela foi por água abaixo porque ela não havia conseguido se livrar do vício em heroína. Com a ajuda de uma jornalista, Christiane agora também é blogueira da revista Stern, a mais importante da Alemanha. E possui um perfil no Facebook com quase 30 mil fãs.

A história da garota que começou a se drogar nas ruas de Berlim aos 13 anos, em 1975, chamou a atenção de dois jornalistas que tornaram a história mundialmente famosa primeiro publicando a entrevista na mesma Stern e, depois, no livro "Eu, Christiane F., drogada e prostituída", um libelo antidroga e especialmente contra a heroína, que então começava a se tornar moda nas principais cidades europeias.

O livro narra a experiência da menina, que dos 12 aos 15 anos perambulou por estações de metrô e quarteirões escuros da cidade alemã atrás de clientes que sustentassem seu vício. A história virou uma febre mundial, e Christiane se transformou numa celebridade. Até hoje ela ainda recebe mensalmente royalties de cerca de R$ 7 mil exclusivamente pelas vendas do livro.

Em 1981, sua história foi levada ao cinema. Christiane atuou ativamente nas gravações, mas sempre atrás das câmeras, como consultora. A experiência em Hollywood a fez acreditar que poderia mudar de vida: tentou seguir a carreira musical, mas nunca conseguiu deixar as drogas e naufragou.
É a partir daí que ela retoma a narrativa de sua história no livro "Minha segunda vida", lançado em outubro na Alemanha em parceria com Sonja Vukovic, que compilou mais de 400 horas de entrevistas com a personagem, que hoje participa de campanhas antidroga na Alemanha.





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