O Supremo
Tribunal Federal (STF) realizou hoje (21) audiência pública para debater a
publicação de biografias não autorizadas. A questão é discutida na ação direta
de inconstitucionalidade impetrada, em 2012, pela Associação Nacional dos
Editores de Livros (Anel). No total, 17 palestrantes puderam expor argumentos a
favor e contra as decisões judiciais que têm proibido a publicação de
biografias sem autorização dos biografados. A relatora é a ministra Cármen
Lúcia.
A Anel
questiona a constitucionalidade dos artigos 20 e 21 do Código Civil. A
associação argumenta que a norma contraria a liberdade de expressão e de
informação, e pede que o Supremo declare que não é preciso autorização do
biografado para a publicação dos livros. Segundo o Artigo 20 do Código Civil,
“a divulgação de escritos, a transmissão da palavra ou a publicação, a
exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas”.
Na audiência,
a representante do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Sônia da
Cruz Machado, disse que as editoras são reféns da insegurança política
provocada pelas decisões judiciais que proíbem a publicação das biografias, no
entanto, defendeu intervenção judicial nos casos de calúnia ou difamação.
O
representante do Ministério da Cultura, Renato Lessa, se posicionou a favor da
liberdade de publicação das biografias. “O tema da variedade humana
ensina-nos que nenhum de nós possui elementos de elucidação verdadeira a
respeito da história, a história em geral e das nossas vidas em particular. Os
humanos são animais que interpretam e são vítimas de interpretação”, ressaltou.
Ao final da
audiência, a ministra Cármen Lúcia informou que as opiniões dos palestrantes
serão levadas em consideração no julgamento do processo. Segundo a ministra, o
caso deve ser decidido em dezembro.
Da Agência
Brasil –
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