Secretário
de Comunicação de Linhares pediu retirada de perfis falsos do ar.
Indenização
é de R$ 24 mil. Com multas, valor pode chegar a R$ 200 mil.
O Facebook foi
condenado a indenizar em R$ 24 mil por danos morais o secretário de Comunicação
de Linhares, no Norte do Espírito Santo,
Roberto Cordeiro. A decisão é do juiz Wesley Sandro dos Santos, do 2º Juizado
Especial Civil de Linhares e foi tomada na última segunda-feira (4). Segundo a
sentença, o Facebook não cumpriu uma decisão judicial de tirar do ar perfis
falsos que atacavam a gestão municipal de Linhares, em especial o secretário.
Além do valor
de R$ 24 mil, a Justiça havia determinado o pagamento de multa diária de R$ 1
mil, a partir de maio, para que a página saísse do ar. O secretário alega que o
pagamento não foi feito e que, por isso, a soma das indenizações chega a quase
R$ 200 mil. O Facebook pode recorrer. A assessoria da empresa foi procurada
pelo G1, mas não se manifestou até o fechamento da reportagem.
Segundo a
secretaria de Comunicação de Linhares,
são contabilizados 21 perfis falsos que atacam a administração local, em
especial o secretário, que decidiu entrar com um ação judicial contra o site em
abril deste ano. A Justiça, então, determinou que o Facebook realizasse a
retirada dos comentários, sob pena de multa diária no valor de R$ 100. Um mês
depois, diante da recusa do site em acatar a determinação judicial, o valor da
multa foi ampliado para R$ 1.000 diários, mas mesmo assim os comentários
permaneceram.
Durante todo o
período, novos comentários e montagens foram realizados, atacando não apenas o
secretário, mas também a família de Roberto Cordeiro.n Após cerca de 150 dias,
o juíz decidiu que, além da multa, o Facebook fosse obrigado a pagar uma
indenização por danos morais de R$ 24 mil.
“A decisão da
Justiça não repara os malefícios causados à minha pessoa e à minha família por
essa campanha difamatória. As doenças adquiridas como insônia, depressão e
estresse dificilmente serão curadas. O estrago à minha imagem como um homem
público foi feito. Mas creio que tudo isso sirva pra inibir que novas pessoas
sejam alvos de tamanha covardia", afirmou o secretário.
Segundo o
advogado Cleylton Mendes Passos, que defende o secretário, o Facebook tem dez
dias para recorrer. “A decisão mostra que o juiz atribuiu ao Facebook a
responsabilidade que lhe é devida. A sentença reforça a necessidade de se criar
mecanismos que impeçam a ação de pessoas mal intencionadas em usar as redes
sociais para difamar as pessoas”, disse.
Ação inicial
também pedia reparação moral contra uma empresária de Linhares, mas a Justiça
não acatou o pedido por entender que a empresária não criava os comentários
falsos, apenas os compartilhava.
Do G1ES
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