Luis Nassif
no GGN
A entrevista da ministra-chefe da
Casa Civil Gleise Hoffman ao Valor é significativa para entender os erros de
metodologia na implementação das concessões públicas.
Segundo ela, o Ministério da Fazenda
montou projetos “muito bem elaborados” de concessão e aguardava uma avaliação
das empresas. As empresas “se dedicaram a um estudo um pouco mais refinado
depois dos editais”. Esta é a razão de que “estejamos vendo alguns problemas
agora”. Obviamente, os projetos da Fazenda não eram bem elaborados, para não
terem resistido sequer a um estudo “um pouco mais refinado”, depois dos editais
postos na rua.
Aí está o busílis da questão: há um
erro de metodologia nessas concessões, fruto da pressa do governo e da pouca
capacidade técnica alocada na operação.
O “Minha Casa, Minha Vida” foi
montado em sintonia com os agentes econômicos. Eles apontavam os problemas para
se alcançar a meta de um milhão de moradias e as autoridades envolvidas
discutiam as soluções.
No caso das concessões, partiu-se
para a tentativa e erro. Coloca-se o edital na rua para, só então, receber as
críticas. Cada crítica é atacada pontualmente: monta-se uma gambiarra,
que atende àquela questão mas gera novas questões, que provocarão novas
críticas e novas soluções pontuais, em um círculo infernal.
Não há um plano de voo, um tratamento
sistêmico da questão.
O
caso RDC
Tome-se o caso do RDC (Regime
Diferenciado de Contratações). Há uma burocracia infernal na Lei 8666, das
Licitações. E um problema estrutural não resolvido no Estado brasileiro: ele
não está aparelhado para definir Projetos Básicos – que servem de base para a
fixação dos preços mínimos nas licitações. Nesse caso, a empresa vencia com um
lance mínimo. Só depois de vencer prepara o Projeto Executivo, detalhado. Nessa
hora, apareciam problemas não detectados anteriormente encarecendo a obra. Ora,
a 8666 permite aditivos de até 25%. Em grande parte dos casos, os problemas
estouravam esse limite, levando à desistência das empreiteiras. Foi o que
ocorreu na Transposição do São Francisco.
Como resolver?
No caso do RDC, decidiu-se que a
empresa que irá concorrer preparará o Projeto Executivo. A partir dele
apresentará seu lance, que será o lance máximo aceito. Depois, correrá todos os
riscos do projeto. Aqui (http://glurl.co/cqm) tem uma
boa explicação sobre esse objetivo.
O correto seria uma licitação em duas
etapas: a primeira, para o Projeto Executivo (no qual o Estado escolheria a
melhor relação custo-benefício das tecnologias sugeridas); a segunda, a obra
propriamente dita, na qual todos os competidores apresentariam projetos dentro
da tecnologia escolhida.
Mas como havia pressa, decidiu-se
cair direto na segunda etapa, com cada competidor apresentando a SUA
tecnologia.
O Estado abria mão de definir a
tecnologia adequada, a melhor relação custo-benefício, os quesitos ambientais.
Resolveu-se um problema e criaram-se outros, que não foram previstos porque não
se deu o devido tempo para a consulta aos especialistas.
Clique aqui (http://glurl.co/cqk) para um conjunto de
críticas feitas ao RDC, mas apenas depois que ele foi implementado, já que não
houve consulta prévia.
Além disso, a pressa em soltar os
editais impedia os competidores de aprofundarem nos estudos técnicos. O RDC
define um preço máximo que a empreiteira poderá cobrar. Quem irá se arriscar
sem um projeto executivo detalhado? Clique aqui(http://glurl.co/cql)
para entender os problemas que essa incerteza gerou.
Os
problemas das concessões
Agora, o novo pacote de concessões
traz a seguinte relação de problemas que deveriam ter sido equacionadas antes
de ser colocado na rua:
1.
Continua-se sem projetos detalhados, aumentando o fator incerteza.
2. As
empresas não gostaram da TIR (Taxa Interna de Retorno) definida. Problema
pontual resolvido com solução pontual: aumenta-se a taxa de retorno. Agora não
se sabe se os usuários gostam ou não do novo preço do pedágio.
3. Ora, o
preço do pedágio depende da relação tráfego / custo de manutenção +
investimentos. Há um fator de incerteza na estimativa futura do tráfego de
veículos, já que depende de obras complementares de infraestrutura. A Fazenda
só identificou esse problema faltando pouco tempo para soltar os editais. Aí
sai correndo atrás do prejuízo. O Secretário do Tesouro tentou enfiar esse
risco goela abaixo do BNDES e do Banco do Brasil. Foi-lhe explicado que banco
não é seguradora. Sai correndo atrás de outra solução e nem se sabe se será adequada
ou não.
4. No caso
das ferrovias, para minimizar o risco do volume de cargas, decide-se que a EPL
adquirirá todo o frete e os revenderá para os usuários. Ficará com o risco. Mas
o que é a EPL? Apenas uma nova estrutura pública criada recentemente, sem que
haja clareza sobre a fonte de recursos que a sustentará nem se terá a garantia
de aporte de recursos para comprar a capacidade de carga.
Enfim, por trás de todos esses
problemas há uma questão metodológica relevante.
Independentemente da pressa atual, o
melhor a fazer é criar um grupo de trabalho – envolvendo associações técnicas,
universidade, empresas – para resolver estruturalmente o problema das
concessões.
Do Valor Econômico
Por Daniel Rittner e Leandra
Peres | De Brasília
Para a ministra-chefe da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, grandes construtoras estão mais alavancadas, o que as tornou
menos ousadas no leilão da BR-050
A ministra-chefe da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, tornou-se uma especialista em infraestrutura e é hoje um dos
rostos do governo na defesa do modelo de concessões de rodovias, ferrovias,
portos e aeroportos. Mesmo com as dificuldades do primeiro leilão, que não
atraiu interessados para a BR-262 (MG/ES), a ministra avalia que o modelo
proposto é equilibrado e garante: é "besteira" a visão de que o
governo procura limitar os ganhos de investidores.
Ela reconhece, no entanto, que será
preciso recuar. No processo de diálogo com a iniciativa privada, o governo não
descarta retirar do programa trechos que antes seriam concedidos, caso não seja
possível viabilizar investimentos com tarifas módicas de pedágio. "O que
deixa uma concessão de pé é a capacidade e a concordância do usuário em pagar
aquela tarifa", diz Gleisi. Segundo ela, se o volume de investimentos e
uma taxa de retorno adequada aos empresários forem incompatíveis com esse nível
de pedágio, a opção será ampliar a capacidade das rodovias por meio de obra
pública. Essa avaliação já está sendo feita com a BR-101, na Bahia, e pode
alcançar outros lotes. "Temos que lançar [os editais] no mercado, saber a
reação e sentir se elas são exequíveis ou não nesse modelo."
Gleisi critica as concessões feitas
durante o governo Fernando Henrique Cardoso, mas também tem observações sobre
os pedágios muito baixos instituídos no governo Lula. Quanto às críticas do
economista tucano Edmar Bacha, que apontou a falta de competitividade do atual
modelo de concessões, a ministra é taxativa: "É sempre bom fazer uma
autocrítica antes de apontar o dedo".
Paciente para explicar cada detalhe
dos leilões de infraestrutura, ela muda o tom para falar das empresas aéreas,
que têm buscado socorro do governo. Gleisi diz que o Palácio do Planalto já fez
"um esforço grande" para ajudá-las e ressalta que não há pressa em
anunciar novas medidas. "Desoneramos a folha de pagamento, suspendemos o
aumento de taxas de navegação aérea e retiramos tarifas de aeroportos
regionais. Infelizmente, o retorno que tivemos das empresas foram demissões,
enxugamento de rotas e aumento das passagens."
A seguir, os principais trechos da
entrevista que a ministra deu ao Valor em seu gabinete:
Valor: O
governo lançou o programa de concessões há mais de um ano e o primeiro leilão
de rodovias ficou longe do sucesso esperado. O modelo está errado?
Gleisi
Hoffmann: O modelo é adequado. É resultado de uma análise dos
processos de concessões de rodovias que tivemos até agora. As primeiras
concessões, no governo Fernando Henrique, tinham foco na arrecadação. Vendia-se
o direito de explorar uma rodovia, sem necessariamente uma preocupação com o
investimento e o nível de serviço. Temos hoje pedágios caros. A segunda fase de
licitações de rodovias, para se contrapor a esse modelo, adotou o critério de
menor tarifa. Conseguimos pedágios baratos, mas não necessariamente retorno em
termos de investimentos necessários para melhorar algumas rodovias.
Valor: E
agora?
Gleisi: Buscamos um modelo equilibrado. O que
deixa uma concessão de pé é a capacidade e a concordância do usuário em pagar
aquela tarifa. E não necessariamente a TIR. Deu-se muito foco à taxa interna de
retorno.
Valor: O
que a senhora quer dizer com "muito foco à taxa de retorno"?
Gleisi: Primeiro, falava-se que não queríamos
que o empresariado tivesse lucro e que não gostamos da iniciativa privada. Isso
é uma besteira. É como se ficássemos em torno de uma mesa discutindo como
ferrá-los. Óbvio que não! Todas as nossas discussões eram e são para ter um
modelo equilibrado, com retorno ao investidor, mas com sustentabilidade na
tarifa.
Valor: O
ministro Guido Mantega errou ao enfatizar as variáveis financeiras?
Gleisi: Não, de forma alguma. As questões
financeiras foram muito bem equacionadas: o project finance, taxas de juros,
garantias e até mesmo a reavaliação da TIR. O fato de as empresas se dedicarem
a um estudo mais refinado depois da publicação dos editais é que faz com que
estejamos vendo alguns problemas agora. Às vezes, a capacidade das empresas de
estudar concomitantemente essas concessões e nos dar retorno sobre a realidade
também é limitado. Ninguém havia investido tempo, dinheiro, energia antes do
lançamento dos editais.
"Se
chegarmos à conclusão de que é impossível fazer concessão, vamos migrar para
obra pública"
Valor: É
por isso que o leilão da BR 262 não teve interessados?
Gleisi: Tivemos três problemas. O primeiro foi
a realização de leilões concomitantes. Nesse primeiro lote, houve um interesse
maior na BR-050, mas a BR-262 era uma concessão atrativa. Outro ponto é que a
rodovia está no Espírito Santo, um Estado com histórico de contrariedade com
pedágios. Isso foi reforçado com as manifestações do governador e da bancada.
Em terceiro, acredito que houve falhas de comunicação. Pelo menos uma resposta
dada pela ANTT teve impacto [na avaliação dos investidores].
Valor: A
senhora se refere ao risco de o Dnit não concluir sua parte nas obras e não
haver como reembolsar o investidor?
Gleisi: Sim. Se uma obra pública não é feita
e compromete o processo, isso é responsabilidade do Estado, o que gera a
possibilidade de reequilíbrio econômico do contrato. Foi de fato uma resposta
equivocada [da ANTT].
Valor: A
senhora considera que um pedágio de R$ 12, como previsto na BR-101 (na Bahia),
terá a concordância dos usuários?
Gleisi: O modelo está correto, mas pode ser
que não consigamos encaixá-lo para algumas rodovias porque têm pedágio muito
alto ou porque não poderão remunerar o investidor como ele quer. No caso da
BR-101, o próprio ministro César Borges pediu para deixá-la para o final, a fim
de termos uma avaliação melhor. Se chegarmos à conclusão de que é impossível
fazer concessão, vamos migrar para obra pública.
Valor: Há
intenção em rever trechos de algumas concessões?
Gleisi: Não é impossível reavaliar isso, mas
precisamos de um tempo para todas as respostas. Estamos ouvindo as empresas, o
mercado, as construtoras. O ministro César Borges está coordenando esse
processo.
Valor: É
possível que rodovias saiam do plano de concessões?
Gleisi: É possível uma avaliação como essa.
Temos que lançar [os editais] no mercado, saber a reação e sentir se elas são
exequíveis ou não nesse modelo. Se a combinação de capex [volume de
investimentos] e de taxa de retorno requer uma tarifa que onera demais o
usuário, então a concessão não se viabiliza.
Valor: A
duplicação das rodovias em cinco anos é "cláusula pétrea"?
Gleisi: Não diria que ela é cláusula pétrea,
mas é importante para que se possa responder às necessidades do país. Temos
estradas em que a demanda já requer duplicação em prazo imediato. Não dá
estender os investimentos em 10 ou 15 anos. Não teria aderência à realidade.
Valor: As
empreiteiras também criticam a ausência de previsão para riscos de
contingência. O governo estuda permitir correções na tarifa em caso de eventos
inesperados?
Gleisi: A contingência tem impacto na tarifa.
É preciso calcular esse impacto. Alguém tem que pagar e precisamos de muita
cautela para fazer esses cálculos. Se é uma concessão, quem paga é o usuário.
Valor: Qual
será a próxima rodovia a ser leiloada?
Gleisi: O TCU nos informou que deve apreciar
os processos de novos lotes nesta ou na próxima quarta-feira. Se o tribunal
liberar nesta semana, talvez possamos lançar em seguida o edital da BR-060 ou o
da BR-163. Aí, são 30 dias até o leilão.
Valor: O
consórcio vencedor da BR-050 não incluiu nenhuma das grandes empreiteiras. Por
quê?
Gleisi: Elas têm um portfólio maior de obras
que já estão tocando e são empresas mais alavancadas. Quando entram em um
processo como esse, têm uma margem e precisam de uma garantia maior. O
Consórcio Planalto, com nove empresas, podia ser mais ousado em uma
concorrência como essa.
Valor: Um
outro assunto que está na pauta do governo é o socorro às empresas aéreas, que
estão registrando prejuízos bilionários. A sra. já tem uma resposta?
Gleisi: Com o crescimento da demanda por
transporte aéreo, esse setor ganhou ainda mais importância. Mas Já fizemos um
esforço grande para ajudar as companhias aéreas. Desoneramos a folha de
pagamento, suspendemos o aumento de taxas de navegação aérea e retiramos as
tarifas aeroportuárias de aeroportos regionais. Foram contribuições relevantes.
Infelizmente, o retorno que tivemos das empresas foram demissões, enxugamento
de rotas e aumento de passagens. Então, temos muita calma e tranquilidade para
analisar o que elas estão colocando na mesa. O governo entende que já deu uma
grande ajuda a esse setor.
Valor: Mas
as companhias afirmam que, nos últimos meses, todo o esforço que fizeram para
reduzir custos foi corroído pela alta do dólar.
Gleisi: O dólar é inerente aos negócios no
setor aéreo. E a taxa de câmbio também já recuou.
Valor: O
governo tem três opções para abrir o setor aéreo ao capital estrangeiro. Existe
alguma inclinação por uma dessas alternativas?
Gleisi: Isso é uma discussão interna e
embrionária. Não temos ainda uma posição.
Valor: Há
fortes dúvidas também sobre a viabilidade e até sobre aspectos legais das novas
concessões de ferrovias. Como destravar esse processo?
"Infelizmente,
o retorno que tivemos das aéreas foi demissões, enxugamento de rotas e aumento
de passagens"
Gleisi: Estamos apresentando um modelo novo.
Não há uma cultura de construção de ferrovias no Brasil e poucas empresas têm
essa expertise. É natural que haja dúvidas e até resistências. Cabe a nós
conversar, interagir e prestar esclarecimentos, mostrando como esse modelo se
sustenta. Tivemos um modelo muito ruim para o país que era baseado em outorga,
em arrecadação e deixava pedaços de ferrovias sem utilização. Tivemos um
sucateamento de boa parte da malha.
Valor: A
senhora se refere às privatizações feitas durante o governo FHC. Mas o
economista Edmar Bacha, ligado ao PSDB, afirma que o modelo de concessões de
infraestrutura adotado pelo atual governo não favorece a competição.
Gleisi: Vi nos jornais alguns senhores da
Casa das Garças [centro de estudos ligado ao PSDB] nos criticando. É sempre bom
fazer uma autocrítica antes de apontar o dedo. O que eles entregaram ao país,
em termos de concessões de ferrovias e de rodovias, não foi o melhor modelo. Em
ferrovias, foi um desastre completo.
Valor: E
no caso de rodovias?
Gleisi: Foi um pedágio alto, uma reação da
população aos valores da tarifa e um processo de investimento questionável.
Valor: Será
necessário algum ajuste legal para que o modelo de ferrovias se enquadre na
legislação vigente para as concessões?
Gleisi: Estamos discutindo com os ministérios
dos Transportes e do Planejamento uma medida para reestruturar a Valec, para
deixar claro como será exercida a garantia de compra de carga pelo governo,
porque muitas ferrovias vão iniciar a operação com déficit. Acredito que, com
esse esclarecimento, conseguiremos dar resposta a esse questionamento.
Valor: Quando
a medida será enviada ao Congresso?
Gleisi: Queremos enviar ainda este ano. Não
sei se na forma de uma medida provisória ou projeto de lei com regime de
urgência.
Valor: O
governo recebeu mais de 3 mil contribuições durante a audiência pública para a
licitação de novos arrendamentos no Porto de Santos. O que será considerado?
Gleisi: Queríamos enviar os estudos de Santos
ao TCU no início da semana que vem. Mas levaremos mais uma semana porque causa
da quantidade de contribuições na audiência pública.
Valor: Havia
uma discussão sobre retirar do processo de licitação a área de Saboó. Será
feito?
Gleisi: Há muitas contribuições para não se
mexer [nessa área do porto]. Mas alguns contratos não têm nem base legal para
prorrogar, pois são anteriores à lei de 1993. Nos que têm previsão de
prorrogação, vencida a primeira perna, vamos licitar. Não tem sentido ficar com
um terminal pequenininho no meio de um outro terminal grande com cargas que não
têm a ver. Porto precisa de escala e, em Santos, procuramos especializar um
pouco as áreas, cuidando para que tivessem competitividade.
Valor: O
leilão da BR-050 e a lista de participantes do leilão do campo de Libra foram
vistos como indicação de que falta apetite do investidor estrangeiro para vir
para o Brasil. A senhora concorda com essa avaliação?
Gleisi: A relação das empresas interessadas
no leilão de Libra mostram que há interesse de estrangeiros.
Valor: O
governo espera maior participação de investidores externos nos próximos leilões
de ferrovias e rodovias?
Gleisi: Nós gostaríamos que tivesse, mas é
muito difícil avaliar. Isso depende de uma composição das empresas.
Valor: As
chances de sucesso do programa de concessões diminui com a ausência dos
estrangeiros?
Gleisi: Estão surgindo players novos.
Acredito que temos uma quantidade de empresa se preparando para entrar nesse
processo.
Valor: Há
previsão de reajuste para combustíveis?
Gleisi: Não está sob minha alçada tratar
disso. Vocês vão perguntar, eu não vou responder.
Valor: Para
finalizar, o governo mantém a expectativa de que as concessões puxem o
crescimento econômico no último trimestre e em 2014, mesmo diante das revisões?
Gleisi: Mesmo reavaliando o cronograma,
teremos muitas concessões até o fim deste ano. Temos os dois aeroportos [Galeão
e Confins], os portos de Santos e do Pará. Podemos licitar também Paranaguá e
Bahia. Já soltamos duas rodadas dos terminais privados. E pelo menos um trecho
de ferrovias, gostaríamos muito de ter este ano. Então, ainda que reconsideremos
o cronograma, teremos um volume significativo de concessões.
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